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UNITA quer relatório e contas urgente do Fundo Soberano de Angola

A UNITA, maior partido da oposição angolana, defendeu hoje a apresentação pública “urgente” do relatório e contas do Fundo Soberano de Angola, a ser feito com uma auditoria “independente e credível”.

A posição foi hoje expressa pelo vice-presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que falava em conferência de imprensa, enquanto ‘primeiro-ministro do Governo-Sombra’ daquela formação política.

Raul Danda referiu que o Fundo Soberano de Angola foi constituído com um capital inicial de cinco mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros), e é preciso que o Governo informe os angolanos “quanto é que o fundo já rendeu até hoje, volvidos sete anos” da sua criação.

Segundo Raul Danda, recentemente o Presidente angolano, João Lourenço, afirmou que o fundo poderia funcionar com menos dinheiro, tendo em conta o financiamento do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

O ‘primeiro-ministro do Governo-Sombra’ da UNITA lembrou que o Estado angolano tornou público o processo junto de tribunais em relação ao resgate dos ativos do Fundo Soberano de Angola, salientando que cidadãos angolanos foram processados e presos.

“Sem dar nenhuma explicação sobre os resultados definidos no processo nem prestar relatório quanto ao balanço dos ativos do fundo, os angolanos são surpreendidos com a decisão ilegal de utilização de dois mil milhões de dólares [quase 1,8 mil milhões de euros] para financiar um Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, vulgo PIIM”, salientou.

O Fundo Soberano de Angola foi gerido até 2018 por José Filomeno “Zenu” dos Santos, o ex-presidente do conselho de administração (PCA), nomeado pelo seu pai, antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Em setembro de 2018, José Filomeno dos Santos foi detido em prisão preventiva pela transferência para Londres de 500 milhões de dólares (quase 450 milhões de euros) do Banco Nacional de Angola, além da suposta má gestão dos ativos do fundo.

Em março deste ano, o ex-PCA do Fundo Soberano de Angola foi posto em liberdade, findo o prazo legal da prisão preventiva, tendo agora como medida de coação pessoal, a interdição de saída do país.

Na mesma altura em que foi detido o ex-PCA do fundo, também viu a mesma medida aplicada pelas autoridades angolanos, o seu sócio e empresário, suíço-angolano, Jean-Calude Bastos de Morais, presidente das empresas do grupo Quantum Global, que fazia a gestão do fundo.

Entretanto, Jean-Claude Bastos de Morais foi colocado em liberdade, em março deste ano, após a recuperação pelo Estado angolano 3,3 mil milhões de dólares (2,95 mil milhões de euros) e outros mil milhões de dólares (896 milhões de euros) em património imobiliário.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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