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União Europeia quer contribuir para solução da crise na Nicarágua

A União Europeia (UE) anunciou terça-feira que quer contribuir nas negociações para pôr fim à crise sociopolítica que a Nicarágua vive há dois meses, a mais sangrenta das últimas décadas e que já provocou mais de 180 mortos.

A delegação da UE em Manágua divulgou um comunicado que o diretor do Departamento das Américas do Serviço Europeu de Ação Externa, Hugo Sobral, visitou o país no fim de semana, tendo reunido com Governo, representantes da sociedade civil e da Igreja Católica.

“Esta visita representa o esforço da União Europeia em contribuir para uma solução para resolver esta crise que está a afetar o país”, sublinhou-se na nota.

A UE referiu ainda que Hugo Sobral reiterou, durante as reuniões em que esteve presente, a necessidade de terminar com a violência no país governado pelo Presidente Daniel Ortega e a sua mulher e vice-presidente, Rosario Murillo.

O diálogo entre o governo da Nicarágua e a oposição recomeçou na segunda-feira. depois de terem sido formados dois grupos para debater as reformas jurídicas e eleitorais propostas pelos bispos para superar a crise, que implicam uma antecipação das eleições para março de 2019.

O presidente da Conferência Episcopal da Nicarágua, o cardeal Leopoldo Brenes, explicou no domingo que as partes também concordaram em formar uma comissão que vai traçar um plano para levantar as barricadas mantidas pelos manifestantes em vários pontos do país.

Esta terça-feira, o diretor da Associação Pró-Direitos Humanos da Nicarágua anunciou a morte de pelo menos mais três pessoas na cidade de Masaya.

Alvaro Leiva referiu ainda que para além dos três mortos, os confrontos causaram também cerca de 40 feridos na cidade de Masaya.

A embaixada dos Estados Unidos, em comunicado, anunciou que o embaixador de Washington na Organização dos Estados Americanos chegou à Nicarágua e que pretende reunir-se com o Presidente Daniel Ortega e representantes da oposição para discutir uma solução para a crise.

A Nicarágua vive há dois meses a crise mais sangrenta das últimas décadas, com protestos e barricadas que causaram mais de 180 mortos e mais de 1.300 feridos.

Daniel Ortega e a sua mulher e vice-presidente, Rosario Murillo, são criticados por corrupção e abuso de poder e é-lhes exigido pelos manifestantes que abandonem o poder, que ocupam há 11 anos.

Lusa

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Lusa

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