Opinião

“Um pai que fuma terá dificuldade em evitar que o filho lhe copie o hábito”

Artigo de opinião de Francisca Delerue da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna a propósito do Dia Mundial sem Tabaco

O tabaco surge de uma planta chamada Nicotiana Tabacum que é uma substância estimulante. O tabaco encontra-se sob a forma de cigarro, charuto, cachimbo e tabaco de mascar. O tabagismo é a dependência física e/ou psicológica do consumo de nicotina, é uma das principais causas evitáveis de doença e morte precoce.

Na Europa, segundo a OMS, o tabagismo é responsável pela morte de cerca de 1 milhão e 200 mil pessoas por ano.

Existem diferentes doenças associadas ao consumo de tabaco e entre elas encontram-se:

· 97% do cancro na laringe;

· 90% do cancro do pulmão;

· 85% da bronquite e enfisema;

· 30% das mortes por cancro;

· 50% do cancro de pele;

· 25% das mortes por doença cardíaca;

· 25% das mortes por acidente vascular cerebral.

· Risco acrescido de infertilidade

O tabaco também afeta a saúde das pessoas que convivem com o fumador, as quais também correm riscos, sobretudo a nível cardiovascular e respiratório. Está também na origem da transmissão de modelos sociais pouco saudáveis: um pai que fuma terá dificuldade em evitar que o filho lhe copie o hábito.

Após deixar de fumar, o risco de desenvolver doenças é igual ao de um não fumador

Cinco anos depois, o risco de ter um acidente vascular cerebral (AVC) passa a ser igual ao de um não fumador. Segundo estudos, 15 anos depois, o risco de doença coronária é também igual a alguém que nunca fumou.

Ao deixar de fumar:

· melhora a capacidade pulmonar e respiratória

· diminui a tosse pela manhã

· melhora a sensação do olfato e paladar

· aumenta a energia e bem-estar

· poupa dinheiro

· melhora a saúde oral

· diminui o risco de morte prematura

· vive, em média, mais 10 ano

· diminui, para metade, o risco de doença cardiovascular

· diminui o risco de contrair cancro e doenças respiratórias

· diminui, em metade, o risco de contrair cancro da boca e do esófago, ao fim de 5 anos sem fumar, e o risco de contrair cancro do pulmão, após 10 anos sem fumar.

Em relação aos cigarros eletrónicos, existe referência que a sua nicotina não provoca problemas respiratórios, mas esta nicotina mantém a dependência da substância, o que interfere negativamente na cessação tabágica definitiva.

Embora o vapor produzido pelos cigarros eletrónicos seja quimicamente menos complexo e potencialmente menos nocivo do que o fumo do tabaco ou do que o vapor do tabaco aquecido, não é isento de riscos, quer para os consumidores, quer para os não consumidores expostos em locais fechados.

Como os cigarros eletrónicos são relativamente recentes, os seus efeitos na saúde não são ainda integralmente conhecidos, continuando em investigação.

Não corra riscos! Cuide da sua saúde: deixe de fumar.

É difícil, mas possível: com determinação, força de vontade e muitas vezes, o recurso a consultas especializadas, medicamentos ou produtos de saúde específicos.

São muitos os benefícios de deixar de fumar.

Redação

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