Ucrânia: Meteorologista russo alerta para “nuvens” e “vento de mudança”

A crise política na Ucrânia chegou… à meteorologia. Na Rússia, Vadim Zavodchenko alertou para “a concentração de nuvens sobre o leste” ucraniano, o território onde os pró-russos estão a ocupar instalações do Estado. O meterologista antecipou ainda um “vento de mudança”.

As autoridades ucranianas insistem nos apelos à pressão internacional sobre a Rússia e o vizinho responde com… avisos meteorológicos.

Vadim Zavodchenko, o meteorologista que se tornou mediático por mandar ‘bocas’ políticas enquanto explica o estado do tempo, avisou para o “vento de mudança” que se pode levantar na Ucrânia, um país onde “as nuvens” estão a concentrar-se junto à fronteira.

No programa de hoje, o meteorologista da televisão estatal Rossiya 24 deixou um alerta sobre “a séria concentração de nuvens sobre o leste da Ucrânia”, cujos efeitos “far-se-ão sentir até na Rússia”.

É no leste ucraniano que se têm concentrado as atividades da população pró-russa, com edifícios públicos a serem ocupados, em várias cidades, por milícias armadas e militares de uniformes sem divisas.

A ocorrência de efeitos frontais pela Ucrânia coincidiu com um agravamento da ‘tempestade política’, após as autoridades ucranianas terem prometido recorrer à força para desocupar os locais ocupados pelos movimentos pró-russos.

Segundo Vadim Zavodchenko, em algumas dessas localidades, como na importante cidade de Donetsk, “vão suceder ventos fortes, provavelmente um vento de mudança”.

Se o clima agora é de “incerteza”, o apoio da maioria da população à Rússia levou o meteorologista a garantir que “o tempo vai estar bom”.

“Seja qual for o nível dos confrontos, a temperatura só pode subir”, explicou.

As previsões políticas de Vadim Zavodchenko não são uma novidade. Desde o início das manifestações populares na Ucrâniaque o meteorologista tem usado referências climáticas para analisar a situação política.

“A mudança das estações” foi o primeiro comentário dúbio a lançar o meteorologista para a ribalta, com a chegada do inverno que ‘destituiu’ o Presidente eleito, Viktor Yanukovich.