Turismo e lazer é segmento que mais pesa na economia do mar

O turismo e lazer, com 72 mil trabalhadores e uma faturação de quase 4,5 mil milhões de euros, é o segmento que mais se destaca no âmbito da Economia do mar, segundo um estudo.

O relatório, da autoria das consultoras EY e Augusto Mateus & Associados e promovido pelo BCP, avança que a fileira do turismo e lazer ligado ao mar é a “mais relevante” nesta área em Portugal.

“No seu conjunto, as atividades da fileira do turismo e lazer ligado ao mar empregam aproximadamente 72 mil pessoas, geram cerca de 4,5 mil milhões de euros de volume de negócios anual e cerca de 1,7 milhões de euros de VAB [Valor Acrescentado Bruto]”, adiantou o estudo, que se refere a dados de 2016.

Segundo os autores deste trabalho, “o turismo costeiro e, em menor escala, o turismo marítimo são os segmentos turísticos com mais história em Portugal, tendo sido responsáveis pelo primeiro grande ‘boom’ do turismo em Portugal”.

A fileira da pesca, aquicultura e indústria do pescado tem também um peso relevante na Economia do mar, incluindo “cerca de 4.422 empresas, que empregam aproximadamente 20 mil trabalhadores e geram um volume de negócios de 1,7 mil milhões de euros, um VAB de 238 milhões de euros e um nível de investimento que ronda os 53 milhões de euros anuais”, avançou o estudo.

Segundo os autores, as atividades primárias da fileira são as mais dominantes em termos de emprego, sendo que as industriais geram mais volume de negócios. “No tocante à evolução pós-crise (2012-16), observa-se uma dinâmica de crescimento global da fileira bastante interessante (+20 por cento em termos acumulados). A aquicultura foi a atividade que mais cresceu”, referiram os autores.

Por sua vez, a fileira dos transportes marítimos, portos e logística conta com cerca de 379 empresas, 4.780 trabalhadores, um volume de negócios de 986 milhões de euros, um VAB de 439 milhões de euros e um nível de investimento de cerca de 87 milhões de euros por ano.

No caso dos portos, o de Lisboa é o que mais emprega, com 642 trabalhadores (em 2016) e um volume de negócios de 104 milhões de euros. O VAB mais elevado cabe aos portos de Sines e Algarve (que têm uma administração comum), com 112,1 milhões de euros e uma faturação de 144,5 milhões de euros.

Por fim, na fileira da construção, manutenção e reparação naval atuam 339 empresas, que geram aproximadamente 336 milhões de euros de faturação anual e empregam diretamente cerca de três mil trabalhadores. O VAB atinge os 105 milhões de euros e o investimento 19 milhões.

O estudo será hoje apresentado em ílhavo, nas Jornadas Millennium Empresas.

Lusa

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