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Turismo e características regionais destacam vinhos portugueses em Dusseldord

O turismo tem conseguido captar a atenção dos importadores para o setor vinícola português, mas são, principalmente, as características intrínsecas de cada região que distinguem as marcas nacionais, confirmaram à Lusa alguns dos produtores presentes na feira ProWein.

São mais de 390 produtores nacionais a marcar presença na 25.ª edição da maior feira de vinhos e bebidas espirituosas da Europa, contando Portugal com um espaço de quase 3.000 metros quadrados.

“O nosso trabalho é de diferenciação. Vemos em cada produtor um parceiro, mas vamos demarcando-nos e criando o nosso próprio espaço, sempre através da valorização do território, na perspetiva de ver a nossa produção como algo único”, disse à Lusa Luís Cerdeira da Soalheiro, marca da região norte.

Para o responsável, o interesse pelos vinhos da região de Melgaço tem beneficiado também do enoturismo, porque permite que os turistas conheçam “a realidade da adega”.

O objetivo da marca passa por um posicionamento de topo no mercado dos vinhos brancos, apostando em linhas como frutados, minerais ou de altitude.

Apesar de ser hoje o primeiro dia da feira, as perspetivas são “boas”, estando a Soalheiro “cheia de reuniões” agendadas.

Por sua vez, para o diretor comercial da Falua, marca de vinhos do Tejo, a presença no certame “é importantíssima”, não só porque o mercado alemão “é apetecível”, mas também porque é “um ponto de encontro” para compradores do todo o mundo.

“Os vinhos do Tejo são a ‘next new big thing’ [a próxima grande novidade]. Temos os vinhos tradicionais do Douro e Alentejo, Dão e Bairrada, mas a região que está a marcar a diferença é a do Tejo, porque os vinhos têm uma frescura fantástica”, afirmou Nicolas Giannone.

Segundo o diretor comercial da Falua, os vinhos produzidos nesta região são “fáceis de beber e muito aromáticos”, começando assim a ser, cada vez mais, apreciados pelos consumidores.

Prova disso, são “as muitas reuniões” agendadas, esperando a empresa que estas se transformem em “oportunidades de negócio”.

Já para Diogo Campilho da Lagoalva, empresa de Santarém, “Portugal está, cada vez mais, na moda” e isso é um fator que distingue os vinhos portugueses entre os demais presentes da ProWein.

“A concorrência existe e é saudável. Quanto melhor for a concorrência, nós também temos que ser melhores. Depois, temos também que apresentar vinhos diferentes e únicos”, notou.

De acordo com Diogo Campilho, a presença no certame, permite criar novos contactos e “sentar à mesa vários distribuidores”, sem “ter que andar pelo mundo inteiro a ter reuniões isoladas”.

Para além da Soalheiro, da Falua e da Lagoalva, estão presentes no stand português marcas como a Adega Ponte de Lima, a Ribafreixo ‘Wines’, a Quinta do Pinto e a Quinta da Samoça.

A feira profissional do setor vinícola contou, esta manhã, com a presença do primeiro-ministro português, António Costa, do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, bem como do secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira.

A ProWein decorre até terça-feira e junta mais de 7.000 produtores em Dusseldorf.

Lusa

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