Saiba o que é a seborreia e como lidar com esta doença

A seborreia é uma doença crónica que provoca a vermelhidão da pele e a descamação.

Também chamada de dermatite seborreica, afeta em particular o couro cabeludo e zonas do rosto como sobrancelhas, pálpebras, nariz, lábios e orelhas.

Em consequência, pode provocar problemas ao nível da auto-estima e bem-estar psicológico do portador.

Embora a causa da seborreia seja ainda desconhecida, já há indicações para controlar os sintomas, que podem manifestar-se de forma irregular. Isto porque a doença, embora não seja contagiosa, está envolvida ainda num certo estigma.

Fica, desde já, o esclarecimento: a seborreia não tem qualquer relação com falta de higiene. 

Os sintomas mais comuns da dermatite seborreica são: oleosidade na pele e no courocabeludo; vermelhidão; caspa; queda de cabelo; escamas amareladas e oleosas que podem causar ardor; e prurido (que pode estar associado a infeção).

Não há um tratamento para a seborreia, mas há medidas que podem ser tomadas para atenuar os sintomas: lavar mais regularmente o cabelo; evitar o uso de produtos no cabelo, assim como o uso de chapéus ou bonés; os champôs a utilizar devem ter componentes como ácido salicílico, alcatrão, selénio, enxofre, zinco e antifúngicos; e aplicar pomadas específicas para esta condição, à base de antifúngicos e corticosteroides.

Para aumentar o conforto, quem tem seborreia pode também tomar banhos de água tépida, devendo secar bem o corpo, antes de se vestir.

Depois de lavar a cabeça, deve remover bem o champô e o crome do cabelo. Deve optar por roupas em algodão ou noutro tecido que não retenha o suor, assim como evitar o stress e a ansiedade.

Os dermatologistas recomendam também alguns cuidados mais gerais (ou seja, que deviam ser seguidos por todos, tendo ou não seborreia): seguir uma alimentação saudável, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar.

Crosta láctea: uma espécie de seborreia em recém-nascidos

Um recém-nascido costuma apresentar uma condição semelhante à seborreia, chamada de crosta láctea. A diferença é que não é uma doença crónica, mas apenas uma condição temporária.

A crosta láctea deve o seu nome às cascas grossas, de tom amarelo ou castanho, que surgem no couro cabeludo, semelhantes a crostas. Pode também manifestar-se por escamas nas pálpebras, nas orelhas, junto ao nariz e nas virilhas. 

Não é necessário um tratamento para a crosta láctea, mas muitas mães (e muitos pais) optam por perguntar aos pediatras que cuidados devem seguir.