O Presidente norte-americano, Donald Trump, aprovou hoje a declaração de estado de emergência para a Florida perante a chegada do furacão Michael, prevista para quarta-feira, com ventos de 193 quilómetros horários.
Esta declaração permite que o Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês) e a Agência Federal para a Gestão de Emergência (FEMA, na sigla em inglês) coordenem todos os esforços em casos de desastre e destinar fundos federais para responder à tragédia.
Para trás, no seu percurso nas Caraíbas, o furacão já provocou 13 mortos em El Salvador, Honduras e Nicarágua, segundo as agências oficiais de resposta a situações de emergência, por quedas de telhados e arrastamento de pessoas em enxurradas, e destruição extensa em Cuba.
Trump autorizou a declaração do estado de emergência horas depois de ter alertado para a intensidade do furacão Michael, na sua conta na rede social Twitter.
“Parece ser [um furacão] de grau 3, que ainda é mais intenso do que o Florence”, escreveu, referindo-se ao ciclone em que setembro provocou a morte a mais de 30 pessoas nos estados da Carolina do Norte, Carolina do Sul e Virgínia, segundo informações oficiais.
O Michael, cuja categoria foi hoje elevada para 2, está a pouco mais de 500 quilómetros da costa do estado da Flórida, para onde se dirige a 20 quilómetros por hora, segundo o Centro de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).
Em conferência de imprensa, o governador da Florida, Rick Scott, assegurou hoje que o Michael “é um ciclone monstruoso e os prognósticos indicam que vai ser ainda mais perigoso”.
Os abrigos num dos condados costeiros da Florida não abriram, porque só são considerados de confiança para furacões classificados até categoria 2.
Já foram emitidas ordens de retirada obrigatória para cerca de 120 mil pessoas residentes em zonas baixas e inundáveis.
A escala de classificação dos furacões do Centro do NHC vai de 1 a 5. A categoria 1 respeita a ventos muitos perigosos, entre 119 e 153 quilómetros horários, que produzem alguns estragos, e a 2 a ventos extremamente perigosos, entre 154 e 177 quilómetros horários, que podem causar destruição generalizada. As consequências apontadas para a categoria 3 são as de uma eventual destruição devastadora e cobrem ventos entre 178 e 208 quilómetros horários.
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