Foi condenado pelo crime de evasão fiscal, nesta quinta-feira, o advogado russo Sergei Magnitsky, que foi preso em 2008 e que viria a morrer na cadeia um ano mais tarde, vítima de uma doença diagnosticada durante a reclusão.
Este advogado e ativista fora detido em 2008, após uma denúncia que fez, graças à qual foi possível desmontar uma rede de corrupção. Em causa estavam alegados crimes de altos funcionários da Hermitage Capital Management, uma sociedade de investimentos que Magnitsky conhecia bem.
No entanto, o advogado agora condenado viria a morrer em 2009, na prisão da Rússia onde aguardava julgamento. Sofria de uma doença no pâncreas, diagnosticada durante o seu período de detenção e que viria a ser fatal.
A defesa de Magnitsky não se mostra surpreendida. O advogado Dmitry Kharitonov, contratado para defender o arguido morto, tinha a certeza de que os juízes decidiriam neste sentido. “Eu estava certo de que a decisão do tribunal seria esta… Apesar de tudo, tenho a certeza absoluta de que Sergei não cometeu qualquer crime”, afirmou, em declarações reproduzidas por uma agência russa.
O mesmo tribunal condenou William Browder, o ex-patrão de Sergei Magnitski, um investidor norte-americano que está radicado em Londres, Inglaterra. Browder foi julgado ‘in absentia’ e recusa-se a voltar à Rússia.
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