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Tribunal iliba a mãe que esteve presa 22 anos por (não) matar o filho

Em 1990, Debra Milke foi condenada à pena de morte pelo homicídio do filho, nos EUA. Esteve para ser executada em 1997, mas um recurso adiou a sentença. Ao fim de 22 anos de prisão, voltou à liberdade, ilibada por um tribunal do Arizona.

Após 22 de prisão, à espera que fosse concretizada a pena de morte, a alemã Debra Milke voltou à liberdade, nos EUA.

Sentenciada em 1990 por ‘encomendar’ o homicídio do próprio filho, a mulher de 50 anos, filha um militar norte-americano e de uma alemã, foi ilibada por um tribunal do Arizona, que retirou a condenação.

Em causa está a falta de prova quanto à confissão: quando foi condenada, o tribunal validou o testemunho que Milke terá feito ao procurador Armando Saldate, admitindo o crime.

O problema é que, nos últimos anos, têm sido vários os processos em que é descoberto que foi o procurador quem faltou à verdade. Como a confissão da mãe alemã não foi gravada, um tribunal do Arizona deliberou que o testemunho de Saldate não poderia ser aceite como prova.

Esta “severa machadada na justiça do Arizona”, como o tribunal se referiu à falta de credibilidade do procurador, levou à retirada da condenação.

Nestes 22 anos em que esteve presa, Debra Milke esteve quase para ser executada. Foi em 1997, mas valeu-lhe um recurso para adiar a sentença.

A alemã saiu da cadeia em setembro do ano passado, mas mediante o pagamento de uma caução e para aguardar uma eventual repetição do julgamento. Porém, essa repetição seria “prejudicial”, segundo o tribunal, pelo que “este caso deve ficar como único na história da justiça do Arizona”.

Debra Milke ficou assim ilibada de ter contratado dois homens (que, tal como ela, foram condenados à pena de morte, pela qual aguardam na prisão) para matar o filho, Christopher, que tinha apenas 4 anos e ia viver com o pai.

O menino foi assassinado com três tiros, no deserto.

O pai de Christopher já criticou a decisão do tribunal, voltando a afirmar que a (agora) ex-mulher é culpada.

Já Milke ficou “encantada”, segundo a defesa, e aguarda que a acusação não apresente recurso no Supremo.

Refira-se que a mulher teve de lançar uma campanha de angariação de fundos na Alemanha para reunir o montante necessário para pagar à caução.

Debra Milke volta a ser uma mulher livre, mas já não a tempo de se reencontrar com a mãe, que morreu este ano devido a um cancro.

Redação

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