O transporte rodoviário vive momentos de crise, em virtude do aumento do preço dos combustíveis e da introdução de portagens nas SCUT, que vieram agravar um cenário já difícil. A Associação Nacional de Transportadoras Portuguesas (ANTP) aponta, à agência Lusa, os números do último ano, que são esclarecedores.
No último ano, cerca de um milhar de empresas fecharam as portas, o que gerou um desemprego de cinco mil trabalhadores. Em média, regista-se uma perda de três empresas por dia e geram-se, por mês, 400 desempregados.
Mesmo as empresas do setor rodoviário que conseguem aguentar evitar o fecho de portas chegam a parar os camiões, por incapacidade financeira para suportar as despesas elevadas com combustíveis e outras despesas relacionadas.
Em declarações á agência Lusa, Artur Mota traça um quadro negro, numa análise ao período que dista entre os primeiros meses de 2011 e de 2012. Prevê-se um agravamento desta situação, porque as empresas do setor rodoviário que param os camiões “já não conseguem obter crédito” para retomar a atividade, alerta o presidente da ANTP.
A redução das importações provoca um problema nas empresas do setor, cujos camiões saem para o estrangeiro e são obrigadas a permanecer fora do país, porque não têm carga para transportar para Portugal. Artur Mota fala de um cenário insustentável e teme pelo futuro de mais empresas.
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