Com o poder a mudar na China (Xi Jinping foi eleito secretário-geral do Partido Comunista da China e será o Presidente do país a partir de março), os tibetanos retomaram as ações de protesto contra as repressões religiosa e cultural. Em dez dias surgiram outros tantos casos de imolação (todos fatais), com o mais recente a provocar a morte, ontem, de Karpongya, um jovem de 14 anos.
Este incidente, que ocorreu na cidade de Gartse, na província chinesa de Qinghai, foi o décimo a coincidir com a mudança de poder no ‘império do meio’, mas a ‘contabilidade’ aumenta quando se atenta aos últimos dois anos: 70 tibetanos já tentaram suicidar-se pegando fogo ao próprio corpo, impressionando Navi Pillay. A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos já pediu oficialmente à China para “atender às reivindicações” dos habitantes do Tibete.
A mudança no comité central dos comunistas chineses foi ainda ‘acompanhada’ por grandes manifestações pacíficas de tibetanos, que as agências internacionais referem ter sido aos milhares.
O ‘tecto do mundo’ é considerado pela China como uma província desde há séculos, com as autoridades a acusarem o líder espiritual Dalai Lama (no exílio) de organizar e encorajar os protestos com fins políticos. No Tibete, a população reclama uma independência que perdeu com a ocupação chinesa nos inícios da década de 50 do século passado.
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