Ministro das Finanças traça quadro negro para o país, em virtude do “discurso crispado” da oposição, numa altura em que se exigiam “consensos”. Teixeira dos Santos abre as portas ao FMI: “Crise política põe em risco capacidade de financiamento”.
Teixeira dos Santos e o Governo ainda não desistiram, mas alimentam muito poucas esperanças em conseguir um acordo com o principal partido da oposição. Em declarações aos jornalistas, o ministro das Finanças antecipou um cenário de pedido de ajuda externa.
“Uma crise é um grande empurrão para a ajuda externa, porque cria grandes dificuldades ao país em aceder aos mercados financeiros, além de pôr em risco a capacidade de financiamento de Portugal”, disse, numa referência à entrada do FMI.
Segundo Teixeira dos Santos, o país necessita de um “amplo consenso político, com incidência governativa”. E o Governo “já o tentou fazer, mas até agora não foi possível”. O titular da pasta das Finanças não fala em desistência, mas admite que “esse consenso mais longe, porque a oposição mostra um discurso crispado”.
“Quando, perante inúmeros apelos ao diálogo, vejo posições irredutíveis, concluo que será muito difícil chegar a consenso, o que não prenuncia nada de bom para o país”, conclui Teixeira dos Santos.
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