Produtores de tabaco dos distritos de Angónia e Macanga, na província de Tete, centro de Moçambique, arriscam-se a ver grandes quantidades de excedentes de tabaco a deteriorar-se, devido à falta de mercado, noticia hoje a Agência de Informação de Moçambique (AIM).
O tabaco acabou por ficar nas mãos dos camponeses, porque a Moçambique Leaf Tobacco (MLT), a única empresa que compra a produção nos dois distritos não teve dinheiro suficiente para absorver o produto, conta a agência noticiosa estatal, citando os produtores.
O administrador do distrito de Angónia, Paulo Sebastião, disse, numa conferência de imprensa, que estão a ser feitos contactos para que empresas do Maláui e África do Sul comprem o excedente de tabaco existente na província de Tete.
“Esta medida é para salvaguardarmos a produção dos camponeses”, disse.
Paulo Sebastião assinalou que será feito um levantamento da quantidade real de tabaco na posse dos produtores, para permitir uma coordenação com eventuais interessados na compra do tabaco.
A Lusa não conseguiu uma posição da MLT sobre o assunto.
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