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‘Swaps’: Silva Rodrigues defende Carris e responsabiliza ministra pelo “critérios” das “más decisões”

O ex-presidente da Carris, Silva Rodrigues, defendeu as ‘swaps’ contratualizadas pela transportadora e deixou críticas à ministra das Finanças, uma vez que as ‘swaps’ subscritas quando Maria Luís Albuquerque não foram consideradas “más”: “a Refer só tomou boas decisões”.

A Carris terá subscrito ‘swaps’ como um instrumento para proteger a empresa das variações dos juros, pelo que o presidente da altura, Silva Rodrigues, não entende a polémica à volta do assunto. A única explicação que encontra, afirmou hoje na comissão parlamentar de inquérito, é a utilização política que o Governo quis contruir sobre o caso.

“Houve uma coisa que percebemos todos. A Refer só tomou boas decisões. Não conseguimos perceber mais nada”, ironizou José Silva Rodrigues, referindo-se à passagem da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, como diretora financeira da Refer. Nesse percurso, entre 2001 e 2007, a atual governante terá sido responsável pela contratualização de algumas ‘swaps’, as quais não foram consideradas “más decisões” como as da Carris, reforçou Silva Rodrigues.

Em causa estava o relatório do IGCP, sobre as ‘swaps’ subscritas por empresas públicas, que classificou como adequados os instrumentos financeiros detidos pela Refer enquanto dois dos quatro subscritos pela Carris foram classificados como especulativos.

Maria Luís Albuquerque foi o principal alvo das críticas do ex-presidente da transportadora lisboeta, que alega ter sido despedido “sem justa causa” e recorda que, na mesma resolução do Conselho de Ministros de 6 de junho, também foram demitidos Vale Teixeira (EGREP) e Paulo Magina (CP): “só a senhora ministra é que terá de dizer quais foram os critérios para haver decisores que foram considerados más decisões e outros que foram considerados boas decisões”.

“A minha demissão não foi fundamentada”, insistiu Silva Rodrigues: “foi conveniente no quadro político, na forma como Governo quis tratar o tema dos ‘swaps’”. No caso da Refer, sublinho, foram importantes para defender a empresa da variação da taxa de juro, negando a estrutura especulativa dos contratos.

Esse seria o conteúdo de uma declaração pública que o então presidente da Carris tentou fazer, quando rebentou a polémica das ‘swaps’, mas recebeu instruções do Governo para não “pronunciar-se sobre o tema”, pois “não era uma questão da Carris, mas que envolvia várias empresas”.

“A tomada de posição da Carris poderia estragar a estratégia do Governo junto dos bancos”, com os quais o Ministério das Finanças estava em negociações, concluiu. 

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