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Sucessor de Durão Barroso: Juncker é o indicado, Cameron protesta

Os líderes da União Europeia nomearam Jean-Claude Juncker presidente da Comissão Europeia. O antigo primeiro-ministro do Luxemburgo vai ser o sucessor de Durão Barroso apesar da teimosia de David Cameron, que exigiu uma votação dos líderes europeus.

O Parlamento Europeu indicou o candidato do partido mais votado nas recentes eleições, mas a escolha do próximo presidente da Comissão Europeia (CE) foi assumida pelos líderes europeus. Foi a vitória de Pirro de David Cameron, o primeiro-ministro britânico que sempre se opôs à escolha anunciada: Juncker.

“Decisão tomada. O Conselho Europeu propõe Jean-Claude Juncker enquanto próximo presidente da Comissão Europeia”, afirmaram os dirigentes dos 28 estados membros, num comunicado conjunto realizado através da conta de Twitter do presidente do Conselho, Herman van Rompuy.

Os líderes dos 28 reuniram-se hoje em Bruxelas, pelo segundo dia consecutivo, para debater como nomear Jean-Claude Juncker. Pela primeira vez, o Parlamento Europeu, que ganhou poderes com as mais recentes revisões dos tratados, assumiu a nomeação do presidente da CE: seria o candidato indicado pelo partido mais votado nas eleições europeias.

A votação está agendada para 16 de julho, com o maior grupo europeu, o Partido Popular Europeu, a indicar Jean-Claude Juncker, enquanto os socialistas tentaram nomear Martin Schulz. O sucessor de Durão Barroso terá de alcançar pelo menos 376 dos 751 votos parlamentares.

Só que o Reino Unido continua a insistir que o Parlamento Europeu está a exceder as competências, tendo forçando os restantes líderes europeus a votar o nome do próximo presidente da CE. Só Viktor Orban, o primeiro-ministro da Hungria, alinhou ao lado de David Cameron e votou contra a indicação de Juncker.

“É absolutamente vital que as pessoas vejam que faço aquilo que digo”, explicou Cameron, forçado a assumir uma posição de força perante o sucesso dos eurocépticos no Reino Unido durante as últimas eleições.

A resposta foi dada ainda durante a cimeira, de dois dias, pelo homólogo belga, Elio Di Rupo: “podemos compreender o seu ponto de vista, é respeitável, mas não podem bloquear sozinhos os outros 26 ou 27 países que estão de acordo”.

Os outros 26 votaram a favor de Jean-Claude Juncker, que já pode colocar o espumante no frigorífico: com o Conselho Europeu e o Parlamento de acordo, é o mais do que certo sucessor de Durão Barroso.

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