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“Somos, na verdade, uma grande potência europeia! E obediente”, escreve Moita Flores

Escritor e antigo autarca critica preços dos combustíveis, que coloca Portugal no topo dos países com gasolina e gasóleo mais caros. Com ironia, Moita Flores elogia “galhardia solidária” dos portugueses, que ajudam “pelintras de pé descalço como a Alemanha, França e outros países”.

O escritor e antigo autarca de Santarém, Francisco Moita Flores, recorre às redes sociais para criticar os preços dos combustíveis em 2021, numa altura em que a entidade que regula o preço da energia publicou o boletim trimestral.

Para o escritor, analista, investigador e antigo inspetor da Polícia Judiciária, fica claro que a carga fiscal coloca Portugal com o quinto preço dos combustíveis mais alto da União Europeia, o que gera um contrassenso.

Num país de baixos salários, são os portugueses que acodem à “miséria europeia”, ajudando países ricos. Moita Flores recorre à ironia, num curto texto, para expressar a sua indignação.

“Está certo! A entidade que regula o preço da energia publicou o boletim trimestral onde fica claro o seguinte: somos o quinto país com os combustíveis mais caros da União Europeia”, enquadra.

“Acho bem. Somos dos mais ricos. Com melhores salários e, sem dúvida, com o melhor cozido à portuguesa. Perante a miséria europeia, pelintras de pé descalço como a Alemanha, França e outros países, assumimos com galhardia este esforço solidário com os pobres”, prossegue.

A carga fiscal é a grande responsável custo dos combustíveis, representando mais de metade do preço. E são essas receitas do Estado que servem, segundo Moita Flores, para ajudar “coitados, que sobrevivem a toque de batatas fritas e mexilhões”.

“Os 60% de impostos incorporados nos combustíveis, servem para combater a pobreza italiana, a miséria holandesa, e a fome dos belgas. Estes, coitados, que sobrevivem a toque de batatas fritas e mexilhões. Somos, na verdade, uma grande potência europeia! E obediente, com a graça de Deus”.

“Como dizia uma antiga palavra de ordem anarquista: ‘os pobres que paguem a crise. São mais e já estão habituados’”, conclui.

No final de 2021 os preços de combustíveis enfrentam uma subida inédita, atingindo máximos históricos em novembro, com um litro de gasolina a ultrapassar, pela primeira vez, a barreira dos dois euros por litro, em alguns postos de combustível.

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