A Somália é o país onde os crimes contra os jornalistas são menos frequentemente resolvidos e processados, segundo um estudo publicado hoje pelo Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Trata-se da quinta vez consecutiva que este país na África Oriental ocupa a primeira posição nesta classificação, que leva em conta as mortes de jornalistas não resolvidas e também da população.
É levado em conta um período de dez anos – entre 2009 e 2019 – e não são incluídas as mortes violentas de jornalistas durante conflitos armados nem durante a cobertura de eventos potencialmente perigosos, como manifestações violentas.
Para ser considerado como impune, uma morte não pode ter resultado numa condenação, mesmo que de apenas alguns dos arguidos, ou a morte de um suspeito durante uma tentativa de detenção.
Nos últimos dez anos, a Somália registou 25 homicídios não esclarecidos de jornalistas, menos que o México (30) ou as Filipinas (41).
Atrás da Somália encontram-se a Síria e o Iraque (ambos com 22), que estão mais bem classificados tendo em conta a sua menor população do que no México ou as Filipinas.
No total dos 13 países que constam neste ranking, 318 jornalistas morreram por razões aparentemente relacionadas com a sua profissão. Em 68 por cento dos casos, nenhum dos autores foi condenado.
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