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“Sinto-me magoada com o meu país”, diz Paula Brito e Costa

A ex-presidente da Raríssimas garantiu que não usou dinheiro público para benefício próprio e garantiu que fez apenas “o bem”. Em entrevista ao Expresso, Paula Brito e Costa justificou os gastos que lhe valeram a acusação de gestão danosa e mostrou-se “muito magoada” com o país.

Em entrevista ao Expresso, publicada este sábado, a ex-presidente da Raríssimas garantiu nunca ter usado dinheiro público, explicou que os vestidos de alta costura eram “fardas” para eventos da instituição e defende que merece “um pedido de desculpas do país”.

“Sinto-me muito magoada com o meu país. Só fiz o bem. Estão com medo do meu poder? Só o uso para a Raríssimas. Provem que usei dinheiro público. Não usei. Merecia um pedido de desculpas do país”, afirmou Paula Brito e Costa.

A ex-presidente da associação explicou que o seu ordenado, na ordem dos três mil euros, resultava de “um contrato de trabalho com a Raríssimas” enquanto diretora-geral e não como presidente – a lei permite um ordenado no máximo de 1600 euros.

“Não sou remunerada enquanto presidente da instituição. Sou uma empregada por conta de outrem e por isso não estou no regime da IPSS”, vincou.

“O meu contrato de trabalho diz que tenho direito a um prémio de produtividade de 1500 euros por mês, que nunca recebi porque achei que seria uma exorbitância. Como nunca tive aumento, a direção achou que, por termos as contas equilibradas, traduziria o prémio de produtividade num PPR”, explicou, referindo-se aos valores de 816 euros mensais.

Sobre o carro de luxo que conduzia, Paula Brito e Costa explicou que o mesmo servia “todo o conselho de administração da Casa dos Marcos”.

Para a ex-presidente da associação – que assumiu nunca ter utilizado o cartão de crédito da Raríssimas para gastos pessoais – os vestidos de alta costura “não eram um luxo”, mas apenas “um vestidinho” que servia de “farda” para eventos da instituição.

Na mesma entrevista, a fundadora da associação esclareceu que o inquérito do Ministério Público a alegadas irregularidades financeiras da Raríssimas apenas surgiu depois de ter sido entregue um relatório de uma auditoria da consultora da PKF à IPSS  e que resultou no afastamento da vice-presidente, Joaquina Teixeira.

O ex-tesoureiro da Raríssimas, Jorge Nunes, foi também visado por Paula Brito e Costa, considerando-o “inconsequente” e acusando-o de ter feito “muita asneira”.

“Pessoas como o Jorge Nunes são uma herança antiga de uma IPSS que geria 100 mil euros. Quando começou a crescer, passou a ter muitos milhões angariados pela Paula Brito e Costa. É bom pensar que todos os tijolos que estão aqui são da minha responsabilidade”, atirou.

A agora ex-presidente da associação defendeu ainda a integridade de Vieira da Silva, garantindo que o ministro “não tem uma areia onde se lhe toque sobre este caso”.

“É uma das pessoas com maior integridade que já vi na minha vida”, admitiu.

Redação

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