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Sindicato médico exige esclarecimento sobre falta de anestesistas no Pulido Valente

O Sindicato Independente dos Médicos vai exigir explicações à administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte sobre a falta de anestesistas na escala deste fim de semana no Hospital Pulido Valente.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do sindicato, Roque da Cunha, considerou lamentável a falta de anestesistas em presença física na escala do Pulido Valente este fim de semana, situação que apanhou de surpresa médicos da unidade e que foi denunciada numa mensagem de email pelo coordenador de Cuidados Intensivos Médico-Cirúrgicos do Departamento do Tórax.

Roque da Cunha acrescentou ainda que o Sindicato vai enviar um ofício à administração do centro hospitalar a pedir “esclarecimentos urgentes” sobre a situação.

Médicos do Hospital Pulido Valente, em Lisboa, foram hoje surpreendidos com a falta de anestesistas na escala deste fim de semana e manifestaram preocupação com o impacto da decisão nos doentes internados.

O coordenador da unidade de Cuidados Intensivos Médico-Cirúrgicos do Departamento do Tórax escreveu à diretora do Departamento a manifestar preocupação com o impacto na qualidade assistencial e na segurança dos doentes internados.

No email, a que a agência Lusa teve acesso, o médico Filipe Froes expressa ainda indignação pela ausência de anestesistas em presença física neste fim de semana no Pulido Valente, sem que tenha havido debate e avaliação do impacto da medida, e recorda que o hospital é o maior centro do país de cirurgia torácica, de oncologia pneumológica e de insuficiência respiratória.

Segundo o médico, a unidade de Cuidados Intensivos do Departamento do Tórax teve “conhecimento informal” de que “não existe escala de presença física de anestesia no Hospital Pulido Valente para o presente fim de semana”.

Filipe Froes recorda que a equipa de anestesia é responsável pela equipa de reanimação no hospital e assume “funções críticas no âmbito da cirurgia de urgência/emergência”, considerando que há funções que não são possíveis de assegurar em regime de prevenção e sem a presença física dos profissionais, sobretudo porque “não foi assegurada uma alternativa que não comprometesse a vida dos doentes”.

“Não podemos assumir qualquer tipo de responsabilidade por qualquer evento ou acontecimento nefasto ou prejudicial para qualquer doente assistido no Hospital Pulido Valente em resultado da ausência de resposta da anestesia”, alerta o médico.

Filipe Froes recorda que o Pulido é um hospital central e universitário, considerando que é mais “uma perda significativa para Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e para o Serviço Nacional de Saúde”.

A Lusa contactou o centro hospitalar, mas não foi possível obter ainda uma resposta.

Lusa

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Lusa

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