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“Sigam a Suécia e reconheçam a Palestina”, pede Hanan Ashrawi

A palestiniana Hanan Ashrawi, que trabalha com a ONU e o Banco Mundial, elogiou a Suécia por reconhecer, oficialmente, a Palestina como estado. Foi o primeiro país ocidental da UE a fazê-lo. Israel condenou a decisão por favorecer o extremismo e “a política de recusa”.

A Suécia reconheceu hoje a Palestina como um estado de pleno direito. O país nórdico, o primeiro entre os ocidentais da União Europeia (UE) a tomar tal medida, considera que só assim será possível encontrar uma “solução pacífica para o conflito” entre palestinianos e Israel. Só que os israelitas condenam a decisão “lamentável” da Suécia.

Hanan Ashrawi, uma ativista palestiniana com cargos em várias instituições mundiais (como as Nações Unidas, o Banco Mundial e várias universidades norte-americanas), já elogiou publicamente “a decisão corajosa e de princípios” tomada pela Suécia.

“Espero que outros países da UE sigam a liderança da Suécia e reconheçam a Palestina antes que as hipóteses de uma solução com dois estados sejam destruídas”, afirmou a também dirigente política, citada pela AFP.

Opinião semelhante tem o assessor do Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas.

“Se o mundo não der passos valentes e reconhecer a Palestina, a coligação de extrema direita em Israel continuará a política de fazer colapsar a possibilidade de um estado palestiniano mediante diferentes pretextos e desculpas”, afirmou Yasser Abed Rabbo.

Quem discorda totalmente da decisão tomada pela Suécia é Israel.

“É uma decisão lamentável e que reforçará os elementos extremistas e a política de recusa dos palestinianos”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman, através de um comunicado.

Segundo Lieberman, o anúncio sueco causou “grandes danos” sem que tenha “qualquer utilidade” na resolução do conflito.

Para os analistas israelitas, citados no Jerusalem Post, o reconhecimento “mais não faz do que alimentar expetativas irrealistas de elaboração de uma resolução com a comunidade internacional”, a qual não poderá contar com Israel.

Nono reconhecimento na UE

Suécia é o primeiro dos membros ocidentais da UE a reconhecer a Palestina como um estado de pleno direito.

Foi o próprio primeiro-ministro, Stefan Lofven, a anunciar a decisão, mas a medida já tinha sido antecipada publicamente pela ministra dos Negócios Estrangeiros, num artigo publicado no Dagens Nyheter.

“Alguns vão afirmar que é demasiado cedo para tomar uma decisão destas. Eu, por outro lado, receio que seja demasiado tarde”, escrevera Margot Wallstrom.

“Demasiado tarde” face à escalada de violência na região, que assiduamente se torna notícia pelos conflitos entre palestinianos e israelitas, reforçou a ministra: “No ano passado, vimos como as negociações de paz mais uma vez foram interrompidas, como as decisões sobre novos colonatos na zona ocupada da Palestina prejudicaram uma solução de dois Estados, e como a violência voltou a Gaza”.

De acordo com o Governo sueco, o reconhecimento oficial do estado da Palestina serve para dar início a “negociações mais equitativas no futuro” e para “dar aos jovens palestinianos a esperança de uma solução pacífica para o conflito”, como explicou a ministra sueca dos Negócios Estrangeiros.

A Suécia é o primeiro membro ocidental da UE a reconhecer a Palestina, mas não está sozinha: antes de ingressarem nos 28, Hungria, Polónia e Eslováquia tinham optado pela mesma decisão. Bulgária, Chipre, República Checa, Malta e Roménia também já reconheceram a Palestina.

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