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Setor energético “nunca devia ter saído das mãos do Estado”, diz Alberto João Jardim

O antigo e histórico presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, mostrou-se hoje contra a privatização do setor energético, frisando que “nunca devia ter saído das mãos do Estado”.

Convidado pelos jornalistas, em Beja, a comentar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) voluntária lançada na sexta-feira pela China Three Gorges sobre o capital da EDP, o social-democrata Alberto João Jardim disse: “Não digo nada, porque sou contra a privatização do setor energético”.

“Acho que o setor energético nunca devia ter saído das mãos do Estado”, afirmou, à margem da cerimónia comemorativa dos 44 anos do PSD, hoje, em Beja, na qual foi homenageado pelo partido.

Questionado sobre se a EDP ir parar a mãos de acionistas chineses pode ser um risco para Portugal, Alberto João Jardim respondeu: “Tanto me faz”.

“Quando o Estado funciona, podem vir chineses, afegãos, ucranianos… O Estado funciona, não há problema. Agora, o que está errado é o setor energético na mão de particulares”, disse.

Questionado como tem visto a vida política nacional, o antigo governante da Madeira disse que Portugal “não está no bom caminho” e “parece que está a ficar, finalmente, emburguesado, aceita tudo e mais alguma coisa, até o aumento da gasolina todas as semanas”.

“Isto é tudo um disparate”, frisou, referindo ser “suspeito” para falar, porque “sempre” foi “opositor do sistema político da Constituição de 1976”, o que lhe deu “o gozo de ganhar eleições” naquele sistema.

Portugal está “a crescer muito pouco” e “todos os anos a aumentar a carga fiscal”, disse, referindo que “principalmente a classe média está a pagar bastantes” impostos.

Por outro lado, anualmente, o Produto Interno Produto “cresce metade do que sobe a carga fiscal”, frisou, sublinhando: “Há aqui qualquer disparidade, dá a impressão de que o dinheiro é para assistencialismo e não para investimento”.

Segundo Alberto João Jardim, se Portugal “continua a crescer muito menos do que a Europa, daqui a 10 ou 25 anos está outra vez mais atrasado”.

“É preciso fazer mais um esforço de investimento público e não criar empregos artificiais, através de umas formações e da precariedade”, defendeu.

A precariedade, alertou, “é uma coisa que temos de combater e que serve muitas vezes para camuflar o desemprego real”.

Lusa

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Lusa

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