Um grupo de sete países anunciou apoio a Moçambique no processo de desmilitarização, desmobilização e reintegração dos elementos armados da Renamo, maior partido da oposição, informou hoje a presidente do parlamento moçambicano, Verónica Macamo.
“Esperamos que no início do mês de outubro o processo comece a tomar um rumo prático e mais célere”, disse, citada pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), destacando a resposta favorável ao processo já dada por Alemanha, Estados Unidos da América, Índia, Irlanda, Noruega, Suíça e Zimbabué.
Macamo falava em Maputo, à margem da cerimónia de comemoração do Dia das Forças Armadas, feriado nacional.
O Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) estão a negociar um novo acordo de paz, depois do cessar-fogo sem limite anunciado em dezembro de 2016 pelo líder da oposição, Afonso Dhlakama, que morreu devido a complicações de saúde a 03 de maio deste ano.
As armas calaram-se no centro do país, zona de conflito, e as negociações em curso culminaram, em fevereiro, no consenso para descentralização do poder a nível local e provincial, o que levou à revisão da Constituição, em maio.
Um outro entendimento foi alcançado em julho relativamente a assuntos militares, que se espera leve ao desarmamento, desmobilização e reintegração das forças da Renamo e abra caminho para que seja selada a paz duradoura em Moçambique.
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