O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu hoje que a Aliança é do “interesse estratégico” dos dois lados do Atlântico, mas admitiu não ter garantias de que a organização sobreviva às diferenças entre a Europa e os EUA.
“Não está escrito na pedra que o laço transatlântico vai sobreviver para sempre”, disse Stoltenberg num discurso em Londres. “Nas acredito que será preservado”, disse.
A semanas da Cimeira da NATO, o responsável referiu-se a um recente “enfraquecimento dos laços” entre os Estados Unidos e a Europa, mas insistiu que “a manutenção da parceria transatlântica é do interesse estratégico” de todos os seus membros.
Na Cimeira de 11 e 12 de julho, em Bruxelas, a cooperação de defesa entre aliados “irá mais longe”, “com mais dinheiro, capacidades e contribuições para as missões e operações”.
A participação na NATO é um dos vários pontos de tensão entre a administração de Donald Trump e os aliados europeus. O Presidente norte-americano tem acusado repetidamente os aliados, designadamente a Alemanha, de não contribuírem suficientemente para a organização.
A meta definida pela NATO é que cada país contribua com 2 por cento do Produto Interno Bruto, o que atualmente só é cumprido, segundo Stoltenberg, por “uns oito” países-membros. Os Estados Unidos contribuem com quase 4 por cento do PIB.
Em Londres no âmbito da preparação da cimeira, Stoltenberg tem previsto reunir-se hoje à tarde com a primeira-ministra britânica, Theresa May.
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