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Secretária de Estado do Turismo rejeita “euforia” e diz que “há muito a fazer”

A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, rejeitou hoje em Lisboa que exista qualquer “euforia” ou “bolha” no setor, e reconheceu que ainda “há muito a fazer” em termos de sustentabilidade ambiental.

“Não me parece que haja razões para euforia, há razões objetivas para olhar para um setor que neste momento representa 18,6 por cento das exportações e 13,7 por cento do PIB [produto interno bruto], se olharmos para o consumo turístico interno”, disse hoje Ana Mendes Godinho.

A secretária de Estado falava aos jornalistas à margem da tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que decorreu hoje num hotel, em Lisboa.

“Não me parece que haja uma bolha”, salientou, referindo que o objetivo do país é que exista um “crescimento sustentável”, que aposta na “coesão territorial” e na “valorização de quem trabalha no turismo”.

No entanto, em termos de sustentabilidade ambiental, a governante reconhece que Portugal tem “ainda muito por fazer” para garantir que seja “um dos destinos mais sustentáveis do mundo”.

“Já fomos considerados o destino mais sustentável da Europa este ano, mas tem de ser um trabalho em contínuo, e há muitíssimo a fazer”, afirmou aos jornalistas.

Por sua vez, na cerimónia de tomada de posse dos órgãos da AHP, o presidente da associação, Raul Martins, referiu que “o esgotamento do aeroporto Humberto Delgado [em Lisboa] afeta todo o país, uma vez que é a principal porta de entrada em Portugal”, e que a adição do aeroporto do Montijo permitirá “passar de 55 milhões de passageiros por ano para 76 milhões”.

De acordo com Raul Martins, o aeroporto complementar do Montijo terá “um impacto em toda a economia nacional, que pode fazer crescer o PIB em cinco pontos percentuais”.

No entanto, o responsável hoje empossado alerta para que “o ressurgimento dos destinos do Mediterrâneo irá naturalmente afetar alguns mercados emissores de turistas para Portugal”, o que obrigará o país a “maior agilidade e eficácia na promoção”.

No segmento de mercados emissores de turistas, Raul Martins referiu ainda que “o Brexit [saída do Reino Unido da União Europeia] perturba o mercado” proveniente daquele país, que ” tem um peso muito expressivo como mercado emissor de dormida, hóspedes e receitas, pelo que é natural alguma inquietude quanto ao impacto que terá no turismo nacional”.

A nível de regulação do Alojamento Local, o presidente da AHP apelou para que “os alojamentos locais de caráter coletivo – ‘hostels’, ‘guesthouses’ e estabelecimentos de hospedagem – sejam enquadrados na esfera dos empreendimentos turísticos”, e que “não faz sentido que quando todos servem o mesmo mercado de alojamento para turismo se exija para uns muito mais do que se exige para outros”.

O presidente da AHP disse ainda que “os contratos coletivos de trabalho existentes não são ajustados à indústria hoteleira atual” e que a associação tem negociado com os sindicatos.

Lusa

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