Sebastien Loeb: “Querer ganhar o Dakar é um pouco pretensioso”

Sebastien Loeb assume que afirmar que quer ganhar o Rali Dakar 2017 seria ser “um pouco pretensioso”. O ex-campeão do mundo de ralis considera que no seio da equipa Peugeot há outros pilotos que podem assumir a intenção de vencer a prova.

O francês aponta claramente que Stéphane Peterhansel ou Carlos Sainz possuem melhor currículo no evento da ASO para assumirem à candidatura ao triunfo do que ele próprio.

Loeb tem a sua participação no Dakar, e embora no ano passado tenha liderado a prova, quando esta chegou ao dia de descanso, problemas mecânicos e também alguns erros na segunda semana acabaram por ‘atirá-lo’ para a nona posição final, a mais de duas horas de Peterhansel, o vencedor.

O piloto francês considera que um dos seus problemas foi a navegação, e que o facto de se ter destacado muito na primeira semana resultou disso mesmo.: “Tenho de admitir que no ano passado a primeira parte da prova não tinha praticamente nenhuma navegação. Recorri ao meu estilo de condução, que era o que estava habituado”.

“A segunda parte foi mais difícil, com mais navegação, mas no Rali Rota da Seda, por exemplo, não me portei mal. Daniel (Elena) e eu trabalhamos na nossa navegação e agora ele é mais preciso nas notas, e temos um pouco mais experiência na areia e nas dunas”, sublinha Sebastien Loeb.

“Ter o objetivo de vencer parece-me um pouco pretensioso. É verdade que no ano passado fui rápido em especiais parecidas com as dos ralis, mas nas pistas fora de estrada tudo foi mais complicado. Tenho de trabalhar mais nisso este ano. Agora tenho uma ideia clara (do que esperar) e espero ser mais competitivo em diferentes tipos de terreno”, afirma o ex-campeão do mundo de ralis.

“Não tenho a certeza de ser o homem a bater e toda a equipa (Peugeot) quer mostrar o seu potencial e ganhar. E há um punhado de outros pilotos que têm a possibilidade de vencer. Sainz é muito rápido e Peterhansel não o é menos. E há que ter em conta Al-Attiyah. A lista de vencedores possíveis é clara, mas vamos fazer o nosso trabalho”, acrescenta Loeb.