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Saúde: Beber leite pode travar cancro da mama

Um gesto tão banal como beber leite pode prevenir o aparecimento do cancro da mama. A conclusão do estudo é apresentada pelo Centro de Investigação Biológica da Universidade do Minho e foi publicada pelo Journal of Dairy Science. Todos os anos, surgem em Portugal cerca de 4500 casos, sendo que 1500 levam à morte.

Os dados do estudo são do Centro de Investigação Biológica da Universidade do Minho e revelam que beber leite só faz bem e, muito mais, à prevenção do cancro da mama, flagelo que mata em média 1500 mulheres por ano em Portugal.

Lígia Rodrigues, que conduziu a investigação, revelou que uma proteína do leite denominada por lactoferrina reduzi para metade a viabilidade das células cancerosas e em dois terços a sua proliferação.

O estudo defende que tanto o leite, como os seus derivados, é enriquecido com esta proteína e que pode prevenir o cancro da mama ou de evitar que este se alastre no organismo.
Em Portugal, surgem todos os anos 4500 novos casos de cancro da mama e registam-se 1500 mortes. Apenas 1% dos casos são em homens, mas em geral os tumores são agressivos e não são detetados de forma precoce por desconhecimento dos doentes.

“Esta investigação é de particular relevância para a indústria alimentar. O consumo de leite e derivados, ou mesmo produtos enriquecidos com lactoferrina, pode no futuro constituir uma forma natural de prevenir o cancro de mama ou de melhorar o tratamento dos pacientes”, esclarece Lígia Rodrigues.

A investigadora sublinha que esta proteína já tinha revelado um papel potencialmente importante noutros tipos de cancro, pelo que o futuro passará por perceber as doses ideais que devem ser incluídas na dieta humana.

A lactoferrina – uma glicoproteína – está presente no soro do leite e é capaz de se ligar ao ferro, pelo que pode ser encontrada em vários fluidos corporais, como sangue, lágrimas, saliva ou sémen.

Esta proteína consegue inibir a proliferação celular e tem também propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, o que dificulta que as células malignas se reproduzam e se alastrem a outros órgãos sob a forma de metástases.

Já em janeiro, uma equipa internacional de investigadores coordenada por uma portuguesa identificou compostos antioxidantes com maior capacidade de prevenção de cancros da mama e da pele presentes em produtos da dieta mediterrânica, conseguindo determinar as dosagens benéficas e danosas.

Redação

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