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Salvas quase 500 crianças de internato onde eram abusadas sexualmente

Terminou o pesadelo para mais de 500 pessoas, no México. As autoridades encerraram uma casa de acolhimento com condições “deploráveis” e onde as quase 500 crianças (278 meninos, 174 meninas) eram vítimas de abusos sexuais. O internato funcionava há 40 anos.

Mais de 500 pessoas acordaram hoje para uma nova realidade, no México. Uma realidade em que existem condições de higiene, não têm de ir para a rua mendigar e, sobretudo, não voltam a ser vítimas de abusos sexuais.

Foram libertadas, pela Polícia Federal e pelo exército, da casa de acolhimento La Gran Familia, em Zamora, no estado de Michoacán, onde viviam em “condições deploráveis”.

Jesús Murillo, procurador-geral do México, relatou que na visita ao abrigo foi forçado a “agir para começar a eliminar as pragas que havia no local, como ratos e insetos, para poder deixá-lo em boas condições”.

Era nessa casa, que funcionava em regime de internato há 40 anos, que viviam quase 600 pessoas. A maioria eram crianças (278 meninos e 174 meninas), mas também havia 138 adultos (alguns com mais de 40 anos) e seis bebés.

Para além dos abusos sexuais, os internos eram obrigados a mendigar.

A situação só foi conhecida após as autoridades terem recebido “pelo menos 50 denúncias contra os administradores da casa, principalmente a senhora Rosa del Carmen Verduzco, por privação ilegal da liberdade”, como esclareceu Tomás Zerón, da Agência de Investigação Criminal da Procuradoria-Geral da República.

“Durante a investigação foram ouvidas testemunhas e vítimas que tiveram relação com La Gran Familia e que relatam diversos abusos físicos e psicológicos por parte de Rosa del Carmen Verduzco e de alguns funcionários”, acrescentou o investigador.

Zerón descreveu alguns dos abusos sofridos pelos internos: “eram obrigados a pedir dinheiro em casas e nas ruas, eram alimentados com comidas estragadas, tinham que dormir no chão no meio da imundice, sofriam abusos sexuais e eram proibidos de deixar as instalações”.

Os bebés que nasceram na instituição foram registrados como filhos da fundadora, “sem que ela permitisse que os pais pudessem ter alguma tutela dos menores, argumentando que os deixaria ir quando atingissem a maioridade”, complementou.

Rosa del Carmen foi detida, assim como oito colaboradores, e vão ser constituídos arguidos pelos crimes de agressões sexuais e maus-tratos.

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