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Salários: Nos últimos dois anos em Portugal, foi sempre a descer, indica o estudo da Mercer

Uma em cada três empresas em Portugal congelou os salários em 2013, o que dita uma diminuição das retribuições pelo segundo ano consecutivo. O estudo, realizado pela consultora Mercer, revela ainda a tendência de contratar mais barato “para as mesmas funções”.

Os salários caíram em Portugal pelo segundo ano consecutivo, revela um estudo realizado pela Mercer, intitulado “Total Compensation Portugal 2013”. No relatório, a consultora revela que 31 por cento das empresas – em termos genéricos, uma em cada três – “congelaram os salários para toda a sua estrutura”.

O documento constata ainda a tendência de contratar funcionários para desempenhar funções já realizadas por outros, mas auferindo uma menor retribuição: “devido ao efeito de substituição de colaboradores contratados com níveis salariais mais baixos para as mesmas funções, verifica-se, pelo segundo ano consecutivo, uma redução real dos salários em todos os grupos funcionais”.

O estudo analisa os diferentes escalões profissionais e conclui que a maior baixa dos salários ocorreu a nível da direção/administração, com 4,94 por cento, e entre os comerciais, onde a redução foi de 1,48 por cento. São cortes no valor real do ordenado que, sustenta a Mercer, ocorrem pelo segundo ano consecutivo.

A tendência poderá ser agravada em 2014: nas perspetivas sobre o quadro de trabalhadores, apesar da maioria das empresas (65 por cento) antecipar a manutenção dos postos de trabalho, há 18 por cento – ou uma em cada cinco – que vão tentar reduzir no pessoal ainda este ano, com o indicador a descer para 13 por cento no que refere ao próximo ano.

“Vamos ver em que medida é que agora, depois destes chumbos do Tribunal Constitucional, o Governo tem capacidade, diligência e astúcia para arranjar medidas alternativas com o mesmo tipo de resultados, porque senão pagamos todos, como é óbvio”, acrescenta o economista João Duque, consultado pela Renascença.

Nas contas da UGT, a baixa real nos salários ronda os 15 por cento, enquanto a CGTP realça o crescimento “significativo” da pobreza e da exclusão social nos últimos anos.

O relatório da Mercer tem por base a análise de mais de 114 mil postos de trabalho, referentes a 300 empresas, das quais a maioria (56 por cento) são multinacionais.

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