O apresentador não esconde as mágoas do seu afastamento da televisão, diz que o tentaram destruir e revela ainda que teve de se reinventar. “Eu saí da televisão e fui carregar caixas de queijo”, diz Nuno Graciano, numa alusão ao negócio que criou – negócio que foi menosprezado pelos ex-colegas de profissão. Veja o vídeo.
Em entrevista ao Alta Definição, da SIC, Nuno Graciano abordou o seu afastamento da televisão, falou de injustiça e não escondeu a mágoa, pela forma como foi “achincalhado” e “massacrado” por algumas pessoas que o tentaram “destruir”.
Nesta conversa com Daniel Oliveira, o apresentador revela que teve de se reinventar: “Podia ter ficado em casa, às espera, na cadeira, a ver o que acontece. Mas disse ‘não, não me vão destruir que eu não vou permitir’”.
“Eu tenho responsabilidades familiares, tenho quatro filhos fantásticos que eu tenho de criar e a quem tenho de dar o exemplo. Quando a vida nos prega estas rasteiras, nós temos de nos reerguer”, afirma.
“Os meus filhos viram-me passar de um apresentador de televisão para andar a carregar caixas de queijo”.
Graciano revela que os primeiros clientes que teve não acreditavam e pensavam que o negócio que criou era para os apanhados.
“Eu entrava, dava queijo a provar e eles achavam que era uma brincadeira. E não era. Era a minha forma de sobreviver. Era abrir a mala do carro e distribuir caixas de queijo da Serra da Estrela que eu tinha começado a produzir”, conta.
Os filhos andavam com Nuno Graciano e tinham “orgulho” no pai.
“Mas não é fácil. Muitas críticas, muitas subtilezas de colegas nossos [apresentadores de televisão]. Diziam ‘aquilo é seis meses’… Hoje sou um homem mais feliz, mas com saudades horrorosas”.
São saudades da televisão, de alguém que adorava do que fazia. Sofreu com essa saída e encontrou nos filhos a sua âncora:
“Houve vezes em que ia ao quarto das miúdas no silêncio da noite, inspirar-me, beber força, em surdina”.
Entre 2013 e 2016, Nuno Graciano foi apresentador na CMTV, de onde saiu, com mágoa.
“Passei muitas noites a chorar. Muitas noites no sofá, de casa, a chorar. Pela injustiça. A chamar nomes a gajos. Gajos sanguinários, que fazem mal às pessoas, por nada, por capricho, por poder. Não foi uma vez. Não foram duas”, revela.
Veja alguns excertos desta entrevista à SIC e, mais abaixo, a entrevista completa:
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