O presidente da Ryanair, Michael O’Leary, acusa a ANA e a TAP fomentarem um monopólio no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Uma pretende aumentar as taxas aeroportuárias, a outra quer reduzir a concorrência.
O responsável da transportadora irlandesa não hesitou em pôr o dedo na ferida. Os constrangimentos que têm atrasado a abertura de um aeroporto complementar no Montijo são “artificiais”, pois só iriam prejudicar a ANA e a TAP.
Michael O’Leary vai ao ponto de explicar ao pormenor o que leva estas duas empresas privadas a provocar tal “atraso”.
No caso da ANA, vendida à Vinci por 3080 milhões de euros no final de 2012, quer manter a influência única do Aeroporto Humberto Delgado para poder continuar a aumentar as taxas aeroportuárias.
Quanto à TAP, o presidente da Ryanair garante que a transportadora vendida à Gateway no final de 2015, por 150 milhões (o processo de reversão continua bloqueado), prefere “não ter muita concorrência” em Lisboa.
O argumento do “constrangimento” foi mesmo ridicularizado pelo empresário irlandês.
“Dizem que está cheio com 27 milhões de passageiros, mas é uma piada. Gatwick tem uma só pista e 50 milhões de passageiros”, frisou o presidente da Ryanair.
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