O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, acusou hoje “os Estados Unidos e os seus aliados de quererem depor o Presidente” da Venezuela, negando ao Conselho de Segurança o direito de discutir a situação no país.
O diplomata russo denunciou a tentativa de um “golpe de Estado” e defendeu que a crise na Venezuela releva de uma “situação interna”.
Na sua resposta, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, sublinhou que “o regime de Nicolás Maduro reprime o seu povo” há anos. Milhares de venezuelanos fugiram do país, desestabilizando a região, acrescentou.
A Rússia começou por tentar impedir a realização da reunião numa votação procedimental prévia, mas não conseguiu o número de votos suficientes para o efeito – eram necessários pelo menos 9 dos 15 membros do Conselho de Segurança, mas apenas a China, a África do Sul e a Guiné Equatorial votaram ao lado da Rússia.
Os seis países ocidentais membros do CS (Estados Unidos, France, Reino Unido, Alemanha, Bélgica e Polónia) votaram com o Peru, Koweit e a República Dominicana a favor da realização da reunião do conselho, convocada pelos Estados Unidos, e que conta com a participação dos chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da Venezuela. A Indonésia e a Costa do Marfim abstiveram-se.
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