“Ronaldo toca piano ou violino, Messi é só o solista”, explica Queiroz

Carlos Queiroz deu música ao comparar Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. São ambos os “solistas” da equipa, mas quando a harmonia falha CR7 “vai tocar piano ou violino”, enquanto o argentino vê ‘a banda a passar’.

Numa entrevista ao El País, o treinador português comparou as seleções de Portugal e Espanha, que neste Mundial estão juntas no grupo com o Irão orientado pelo próprio Carlos Queiroz, a duas orquestras com solistas de eleição.

Esses “solistas” são os jogadores de elite com quatro “fundamentos iguais”, no caso Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.

“Têm uma habilidade atlética superior, uma superioridade técnica e tática genial, uma preparação mental fortíssima e a capacidade de sintetizar estes elementos em trabalho de equipa”, destacou.

E o que distingue, então, o astro português do argentino?

“É o solista que, se vê que a orquestra está sem pianista ou violinista, não tem problemas em tocar piano ou violino. O Messi é diferente. Até pode ser melhor solista, mas é mais um maestro que procura orientar melhor os companheiros”.

Carlos Queiroz reforçou: “O Messi até pode ser melhor a tocar todos os instrumentos, mas se o Cristiano sente que alguém não está a tocar bem ao piano vai ele para o piano”.

Ronaldo e Messi são “o Lennon e o McCartney” do futebol, sempre a tentarem superar-se mutuamente, em especial “quando chega Michael Jackson, que é Neymar” nesta metáfora tático-musical.

Os elogios a Cristiano Ronaldo, agora mais “maduro”, sucederam-se nesta entrevista.

“Não podemos comprar carácter e experiência. Um jogador que chega a este Mundial com 31 anos não é o mesmo que jogou comigo no Mundial de 2010. Há uma evolução natural”.

Houve ainda tempo para o treinador que orienta o Irão revelar uma conversa que teve com CR7 quando coincidiram no Manchester United.

“Disse-lhe que tinha nascido para ser o melhor do mundo, mas havia um preço a pagar. Podia assistir e marcar de fora da área, mas era dentro da área que faria a diferença e teria um impacto maior. Um extremo quer sempre ter a bola no pé, mas era na área que ele podia demonstrar que era o melhor do mundo”.

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