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Romper contrato com Lisboa custa 3,4 mil milhões à organização da Web Summit

O acordo que vai permitir à cimeira tecnológica e de inovação Web Summit ficar em Portugal por mais uma década prevê uma cláusula de rescisão de 3,4 mil milhões de euros, indica a organização no seu ‘site’.

Na cerimónia em que foi anunciada oficialmente a continuidade do evento em Lisboa por mais 10 anos, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse que o acordo prevê uma contrapartida anual de 11 milhões de euros (110 milhões no total), mas está contemplada também uma “cláusula de rescisão”, isto é, “se a Web Summit sair há uma indemnização prevista para compensar o esforço que Portugal está a fazer”.

Segundo informação constante na página da cimeira, essa cláusula é de 3,4 mil milhões de euros, que corresponde ao impacto estimado do evento, o que, segundo fonte da Câmara de Lisboa, se traduz em 340 milhões de euros por cada ano de incumprimento do acordo.

“A Web Summit também concordou com uma cláusula de rescisão de três mil milhões de euros. Essa cláusula representa o impacto económico mínimo que se espera que a Web Summit tenha em Portugal, ao longo do contrato, e dá segurança a Portugal de que a Web Summit vai permanecer na sua capital nos próximos 10 anos”, refere a nota.

A continuidade da Web Summit na capital portuguesa por mais 10 anos foi anunciada hoje numa cerimónia que decorreu na Altice Arena, no Parque das Nações, local que tem acolhido a cimeira nos últimos dois anos, a par da Feira Internacional de Lisboa (FIL).

O anúncio foi feito pelo fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

O Governo estimou que a atividade económica gerada por este evento atingiu mais de 300 milhões de euros, a par dos 30 milhões encaixados em receitas fiscais.

Hoje, foi também anunciado que a FIL será expandida para permitir o crescimento da cimeira.

O edifício vai ficar com instalações “quase duas vezes e meia a área atual”, disse Fernando Medina, apontando que a intervenção será realizada “em diversas fases, em diversos anos”.

Segundo a nota disponibilizada pela organização da conferência, esta intervenção está estimada em três anos, mas a primeira parte da expansão irá ter início nos próximos meses, devendo estar concluída a tempo da edição do próximo ano.

A nota refere também que a Web Summit recebeu ofertas de “mais de 20 cidades europeias” para serem as próximas a receber o evento.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa.

No ano passado, reuniu na capital cerca de 60 mil pessoas de 170 países, das quais 1200 oradores, duas mil ‘startups’, 1400 investidores e 2500 jornalistas.

A edição deste ano, a terceira no país, realiza-se entre os dias 05 e 08 de novembro.

Lusa

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