A advogada de Pedro Dias mostrou-se esta sexta-feira “repugnada” pelo pedido de pena máxima pelo Ministério Público para o arguido, 25 anos. Mónica Quintela lançou ainda duras críticas ao sistema de reinserção social português.
As alegações finais referentes ao julgamento de Pedro Dias terminaram esta sexta-feira, no Tribunal da Guarda.
À saída, a advogada do arguido mostrou-se desagradada com o pedido de pena máxima para o cliente.
“Como advogada repugna-me que alguém com formação jurídica possa referir que 25 anos não é suficiente”, afirmou.
O estabelecimento prisional de Monsanto, onde Pedro Dias e os restantes reclusos “estão presos 22 horas por dia”, foi também alvo de críticas por parte de Mónica Quintela.
“Não há sequer uma sala de refeições. Os reclusos fazem as refeições nas celas, como animais, não podem, nem no dia de Natal, ir ao refeitório”, sublinhou.
Nesse sentido, a advogada questiona o sistema de reinserção social português, perguntando “se alguém estiver preso 25 anos, a sair da cela durante duas horas, quem é que o sistema prisional vai devolver à sociedade?”
“Na prática não há reinserção social”, frisou.
A leitura do acórdão está agendada para o dia 8 de março.
Recorde-se que Pedro Dias entregou-se às autoridades após uma verdadeira caça ao homem.
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