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Representante do FMI em Angola desvaloriza disparidade nas projeções de crescimento do país

O representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Angola desvalorizou hoje em Luanda a diferença nas perspetivas de crescimento do país para 2020, de 1,2 por cento para a organização financeira internacional e de 1,8 por cento do Governo angolano.

Marcos Soutto, que foi hoje apresentador do tema “Navegação pela Incerteza”, no ato de divulgação do Relatório do FMI sobre as suas Perspetivas Económicas Regionais da África Subsaariana, considerou normal a disparidade numérica percentual.

“Isso é normal, porque depende muito das hipóteses que as pessoas têm dos seus modelos. Acho que não me focaria nesse momento em um nível específico de crescimento, o que importa aqui mais é a tendência que demonstra a economia angolana”, referiu Marcos Soutto em declarações à imprensa à margem do evento.

Segundo o representante residente do FMI em Angola, a economia angolana está a enfrentar os seus desafios, “mas vem numa trajetória de recuperação”, num olhar sobre os últimos quatro anos.

“Embora haja aqui uma contração da atividade económica, nós vemos que essa tendência tem sido de desaceleração dessa contração e vemos uma possibilidade de crescimento no próximo ano já”, afirmou.

Relativamente à preocupação do Governo de Angola no que se refere à dívida pública, Marcos Soutto considerou importante para qualquer país, não só Angola, que a mesma seja liquidada.

“Porque se você não paga a sua dívida pública, você passa a ter dificuldades de se financiar, seja internamente, seja no exterior, e não é apenas isso, o custo de financiamento cresce. Para qualquer país, não apenas para Angola, é importante que se mantenha em dia com as suas obrigações, a fim de que tenha acesso ao financiamento e a um preço razoável”, defendeu.

O Governo angolano anunciou que mais de metade do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2020 de Angola é para o pagamento da dívida pública, que representa atualmente um peso de 90 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

De acordo com as autoridades angolanas, a prioridade para o OGE 2020 está virada para a consolidação fiscal, com particular realce para o controlo da dívida pública e ao relançamento da atividade económica.

Marcos Soutto enalteceu o compromisso que Angola tem hoje em alcançar este desiderato, do qual “não pode se furtar de imediato”.

“O que está se fazendo aqui é um conjunto de medidas de natureza macroeconómica, para trazer o equilíbrio dos principais indicadores da economia angolana, melhorar as finanças públicas e assim, gradativamente, fazer espaço para investimentos e o crescimento da economia”, salientou.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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