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Redução de crédito malparado será “prioridade” para bancos portugueses

A agência de notação financeira (‘rating’) canadiana DBRS considerou hoje numa nota que “a redução do crédito malparado e ativos não essenciais continuará a ser uma prioridade chave para os bancos portugueses”, alertando também para a qualidade dos ativos.

“Do nosso ponto de vista, a redução de NPLs [‘non-performing loans’, expressão inglesa para crédito malparado] e ativos não essenciais continuará a ser uma prioridade chave para os bancos portugueses”, pode ler-se numa nota da DBRS enviada às redações.

A agência de ‘rating’ canadiana atribui a sua posição aos “rácios de qualidade dos ativos do setor”, que “permanecem mais fracos comparando com a média europeia”.

Num documento essencialmente expositivo, a DBRS assinala o “maior progresso na qualidade dos ativos” nos primeiros nove meses de 2019 na banca nacional, “com todos os bancos a reportarem rácios de crédito malparado mais baixos”.

“Apoiados por uma combinação de vendas, ‘write-offs’ [abates], recuperações, o ‘stock’ combinado de crédito malparado bruto, excluindo exposições fora do balanço, decresceu cerca de nove mil milhões de euros para os 19 mil milhões nos primeiros nove meses de 2019, correspondendo a uma redução de 32 por cento em termos homólogos”, assinala a empresa canadiana.

A DBRS nota ainda que o rácio bruto de crédito malparado caiu para cerca de 8 por cento nos primeiros nove meses de 2019, o que compara com 12 por cento no mesmo período de 2018.

Segundo a agência de notação financeira, os resultados líquidos dos bancos portugueses “continuaram a ser pressionados pelo ambiente de baixas taxas de juro e pressão concorrencial significativa”, o que levou alguns bancos a cobrar taxas “nos depósitos de instituições financeiras”.

“Além disso, os resultados em 2019, e a comparação com os primeiros nove meses de 2018, foram largamente impactados por itens extraordinários. Em particular, os resultados incluíram a reversão de imparidades da CGD [Caixa Geral de Depósitos] depois da venda de algumas subsidiárias internacionais em 2019”, assinala a agência.

A DBRS refere ainda “a aquisição do Euro Bank na Polónia pelo BCP em 2019, bem como a mudança no tratamento contabilístico, por parte do BPI, da sua participação do Banco de Fomento Angola” como contribuindo para um resultado agregado positivo de 985 milhões de euros nos primeiros três trimestres de 2019, uma descida de 16 por cento face ao mesmo período de 2018.

Em termos de rácios de capital, a DBRS denota que os de nível um [‘common equity tier 1’, CET1] melhoraram, “sobretudo guiados por ganhos retidos, menos ativos de risco e uma melhoria da reserva de justo valor na carteira de títulos de rendimento fixo”.

A agência nota também que os bancos nacionais “continuaram a perseguir medidas de controlo de custo e eficiência através da racionalização dos canais bancários tradicionais, simplificação corporativa e digitalização”.

Lusa

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