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Rede angolana da sociedade civil considera “bastante deficiente” sistema de informação do Governo

O secretário-executivo da Rede Angolana das Organizações da Sociedade Civil de Combate à Sida e Grandes Endemias (ANASO) considerou hoje “bastante deficiente” o sistema de informação e comunicação do Governo angolano, sobretudo no “domínio da saúde”.

António Coelho, que falava hoje à agência Lusa à margem da abertura de um ‘workshop’ sobre “Comunicação e Plataformas dos Média para as Organizações da Sociedade Civil”, defendeu “maior abertura” e “comunicação permanente” sobre o sistema sanitário angolano.

De acordo com o líder associativo, a comunicação, “assente na mudança de comportamento para grupos vulneráveis”, no seio dos órgãos convencionais e mesmo no seio de algumas organizações da sociedade civil também apresenta “várias debilidades”.

Capacitar cerca de 30 líderes e quadros das organizações não-governamentais na componente de comunicação, como um instrumento que permite desenvolver e melhorar as estratégias de comunicação para mudança, é o objetivo do ‘workshop’ que decorre até quinta-feira, em Luanda.

Para o secretário-executivo da ANASO, a forma como os órgãos de comunicação social acompanham as atividades ligadas às grandes endemias não ajuda a sociedade a perceber a real dimensão de ações curativas ou preventivas em volta das doenças.

“Por um lado, temos as plataformas assentes nos média que só cobrem os atos de abertura e encerramento das atividades que se realizam, e por outro temos organizações da sociedade civil que não têm planos de comunicação”, argumentou.

António Coelho salientou ainda que existe “uma estrutura do Governo, onde o sistema de informação e comunicação é bastante deficiente”.

“Portanto a este nível estamos mal, temos de melhorar e é para isso que estamos a contribuir com a realização deste ‘workshop’, indicou.

Comunicação e Saúde, Comunicação como Estratégia de Prevenção, Modelos e Campanhas de Comunicação são alguns dos temas que serão abordados no ‘workshop’, facilitado por uma consultora brasileira.

O encontro, que decorre nas instalações no Instituto Nacional de Luta Contra a Sida de Angola, em Luanda, conta igualmente com o apoio da ONUSIDA.

O representante da ONUSIDA em Angola no encontro, Luís Moreno, valorizou o ‘workshop’, realçando que o mesmo vai ajudar a fortalecer as ações comunitárias de combate às Grandes Endemias.

“Então, melhorar as habilidades de comunicar entre diferentes níveis sociais é fundamental e creio que a mensagem neste momento é procurar mudar a realidade a partir de uma comunicação que seja eficaz”, sublinhou.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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