Uma pesquisa de investigadores norte-americanos conclui que a quimioterapia, nos casos de cancro da mama, aumenta as probabilidades de as células cancerígenas se espalharem pelo corpo, através da corrente sanguínea. Desse modo, este convencional tratamento pode levar a metástases e a recidivas, mais perigosas.
Cientistas da Universidade de Medicina Albert Einstein, de Nova Iorque, reconhecem que a quimioterapia pode levar a uma redução dos tumores, mas alertam para os perigos daquele tratamento, a longo prazo, e sugerem um acompanhamento dos pacientes sujeitos ao tratamento mais comum, em casos de cancro de mama.
Para chegar a esta conclusão, os especialistas realizaram um estudo, que consistiu em analisar pacientes com cancro da mama, sujeitos a este tratamento. A conclusão é perturbadora: a quimioterapia aumenta as probabilidades de disseminação das células cancerígenas pelo corpo, através da corrente sanguínea.
De acordo com os investigadores, este tratamento produz efeitos positivos, a curto prazo (com a redução do tumor). Mas a médio e longo prazo pode mesmo provocar recidivas e metástases. Deste modo, o cancro poderá regressar, mais agressivo.
Os investigadores defendem que os pacientes sujeitos a quimioterapia sejam alvo de um acompanhamento diferente.
A quimioterapia é vista como um dos mais eficazes tratamentos contra o cancro, ainda que apresente uma lista de efeitos secundários.
Porém, há diversos estudos que advertem para potenciais riscos do tratamento. Esta pesquisa divulgada agora é mais um alerta.
Refira-se que um relatório da OCDE, publicado em 2016, aponta Portugal como um dos países onde o cancro da mama mata menos pacientes.
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