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“Quem são estes Cristianos Ronaldos do setor público empresarial?”

O caso de Alexandra Reis na TAP tem feito correr muita tinta, nos últimos dias, e Sérgio Sousa Pinto, deputado do PS e antigo eurodeputado, diz que é necessário que se faça uma reflexão sobre o papel do Estado no serviço aos portugueses com dinheiro dos contribuintes.

Na sequência da saída de Alexandra Reis da secretaria de Estado do Tesouro, no governo de António Costa, depois de se ficar a saber que ao deixar a administração da TAP recebeu meio milhão de euros de indemnização, Sousa Pinto admite que é natural que os portugueses fiquem num estado “atónito” com os valores tornados públicos.

“É perfeitamente natural que o país fique atónito sobre o que acontece no setor empresarial do Estado”, criticou Sousa Pinto, lamentando que num “país pobre” e numa “empresa falida” estas coisas aconteçam.

O deputado do PS refere que a saída de Alexandra Reis acontece curiosamente no dia em que foi assinado mais uma libertação de verbas dos contribuintes para a TAP.

“Mais 980 milhões de dinheiro dos contribuintes, que vão perfazer, ao final, 3.2 mil milhões de euros paga uma compensação milionária”, lamentou o deputado, não percebendo como é que os seus colegas socialistas podem agora explicar esta situação a Portugal.

“”Como é que isto se explica ao país?”

“Como é que isto se explica ao país? Não há forma”, admitiu Sérgio Sousa Pinto, que falava na CNN Portugal, onde deixou mais interrogações.

“Que legalidade é esta?”, questionou, dizendo que é preciso saber que é esta “Ronalda” da administração pública.

“Nós temos que nos interrogar seriamente quem são estas pessoas. Quem são estes Cristianos Ronaldos do setor público empresarial? Neste caso esta Ronalda? Quem são estas pessoas que têm este valor?”, perguntou o deputado socialista.

Ainda em relação a Alexandra Reis, Sousa Pinto lembra que esta “era uma senhora que era funcionária da TAP” que “sai de uma empresa pública e vai para outra empresa pública”.

E nesta passagem “medeiam três ou quatro meses entre uma coisa e outra, e, pelo meio, recebe uma compensação que pelos vistos é devida”.

“Tudo isto é muito difícil de digerir”, insistiu Sérgio Sousa Pinto, não compreendendo como é que se pagam estas indemnizações.

“Como é que alguém que trabalha numa empresa, de acordo com a informação divulgada pela TAP, menos de cinco anos, está em condições de receber um montante tão significativo e exorbitante para os padrões portugueses. Alguém que recebeu 500 mil, mas pediu, aliás, 1 milhão e meio”, completou Sérgio Sousa Pinto.

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