Quebra de 11,7 por cento nos gastos com medicamentos

No primeiro semestre deste ano, os portugueses gastaram menos 52 milhões de euros em medicamentos. Apesar deste decréscimo, verificou-se um aumento da compra de medicamentos.

De acordo com dados do Infarmed, nos primeiros seis meses de 2012, os portugueses gastaram menos 52 milhões de euros em medicamentos comparticipados pelo Estado, o que corresponde a uma quebra de 11,7 por cento nos gastos com medicamentos, comparativamente com o período homólogo.

Contudo, a Análise do Mercado de Medicamentos, em Ambulatório, indica que até ao final de agosto, registou-se um aumento do volume de vendas na ordem dos 2,3 por cento o que significa que foram vendidas mais 3,6 milhões de embalagens.

O decréscimo do preço dos medicamentos ao longo do ano pode justificar este aumento na compra de medicamentos. Se, em 2011, uma embalagem custava em média 13,20 euros, o seu valor está agora fixado nos 10,85 euros. No caso dos medicamentos genéricos, a diminuição do preço foi ainda maior, cerca de quatro euros.

No que respeita ao total de medicamentos vendidos em farmácias até ao mês de agosto, verificou-se uma descida de 12 por cento ou seja, 1,74 mil milhões de euros, comparativamente a igual período de 2011.

Segundo a análise feita pelo Infarmed, os encargos do Estado com a comparticipação de medicamentos também sofreram uma quebra de 9,4 por cento.