O futebolista Ricardo Quaresma mantém a mira apontada a André Ventura, depois do deputado ter proposto um plano de desconfinamento específico para a comunidade cigana.
Nas redes sociais, o internacional português lembrou o exemplo de um tio-avô, também de origem cigana, que afrontou o regime de Salazar num jogo de Portugal contra a Espanha de Franco, na altura em guerra civil.
Artur Quaresma recusou-se a fazer a saudação nazi, sendo preso pela PVDE (antecessora da PIDE) no final da partida.
“Ontem como hoje, a família Quaresma sempre soube estar do lado certo da história. E nunca se vergou nem teve medo de dizer não ao racismo”, comentou Ricardo Quaresma, ao partilhar um artigo com a história desse gesto, no qual colocou as hashtags #Diznaoaoracismo e #Dizchegaaoventura.
Nesse jogo entre Portugal e Espanha, realizado a 16 de Fevereiro de 1938, no campo das Salésias, em Lisboa, Artur Quaresma manteve as mãos atrás das costas durante o hino nacional, com os colegas Mariano Rodrigues Amaro e José Rodrigues Simões a ergueram o punho fechado em gesto de desafio.
Os três foram presos pela PVDE após a partida, sendo libertados semanas mais tarde.
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