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Putin em vestido de dormir obriga a encerrar Museu do Poder e leva autor do quadro a fugir

Um quadro com o Presidente russo, Vladimir Putin, em trajes menores femininos, na companhia do primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, em roupas similares, ditou o encerramento do Museu do Poder. O autor do quadro, Konstantin Altunin, fugiu para França.

Um quadro exibindo o Presidente russo, Vladimir Putin, em vestido de dormir, na companhia do primeiro-ministro Dmitri Medvedev, também em trajes menores, foi apreendido pela polícia e ditou o encerramento do Museu do Poder, em São Petersburgo. Konstantin Altunin, o pintor da obra, abandonou hoje a Rússia e fugiu para França.

Foi o fundador do museu (inaugurado em meados deste mês), Alexandre Donskoï, a anunciar o encerramento compulsivo e a fuga do pintor. “Depois de ter sido informado de que a polícia o esperava em casa, Konstantin comprou o primeiro bilhete disponível, para a Dinamarca. Agora está em França”, adiantou o antigo presidente da Câmara de Arkhangelsk, que chegou a ser detido quando, em 2008, anunciou a vontade de concorrer à Presidência (contra Putin).

O ‘retrato íntimo’ de Putin e Medvedev foi uma das quatro obras apreendidas pelas autoridades, alertadas “por um cidadão que considerou que os quadros expostos infringiam a legislação russa”, de acordo com Viatcheslav Steptchenko, o porta-voz da polícia. Esta entrou no Museu do Poder fortemente armada, acrescentou Donskoï, e não faltaram as tradicionais “kalachnikovs”.

Steptchenko acrescentou que “os especialistas estão agora a analisar” as telas apreendidas, mas não revelou qual a parte da “legislação” que os quadros “infringiam”. Tudo aponta para que seja a recente lei a proibir a “propaganda homossexual”, que Putin promulgou.

Numa outra obra consta o deputado Vitali Milonov, autor da referida lei sobre a “propaganda homossexual”, erguido perante a bandeira do arco-íris, símbolo da homossexualidade. Terá sido Milonov o mentor do encerramento do museu, acusa Alexandre Donskoï: “visitou a exposição há alguns dias e depois regressou ontem à tarde com a polícia”.

Milonov admitiu que recusava ser retratado “com uma bandeira brandida por pervertidos e sodomitas seropositivos”. “Há demasiados percevejos, está na hora de os exterminarmos”, acrescentou o deputado, visando os homossexuais.

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