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Público deve saber que ‘Fake News’ existem porque desestabilizam países, segundo Walter Dean

O professor universitário e ex-jornalista norte-americano Walter Dean defendeu hoje, em Lisboa, que as ‘fake news’ mudam eleições, como aconteceu nos Estados Unidos, e as pessoas devem saber que existem porque desestabilizam os países.

“O público deve levar a sério as ‘fake news'”, afirmou à agência Lusa Walter Dean, atualmente professor convidado na Universidade Nova de Lisboa, que tem estudado o tema das “notícias falsificadas”.

Durante uma conferência sobre o combate à desinformação que a Lusa organiza hoje, em Lisboa, em parceria com a agência espanhola EFE, o especialista citou investigações recentes que concluíram que os russos “desestabilizam democracias, confundindo assuntos” ou criando confusões que levam as pessoas a pensar “quais são os factos” ou se devem confiar nas instituições governamentais.

“Acho que o principal é que as pessoas têm de prestar atenção às ‘fake news'”, disse, sublinhando a dimensão que as falsas informações alcançam nas redes sociais.

O aspeto político é atualmente, para Walter Dean, o ponto crítico, com os países a transformarem a informação num campo de batalha, uma guerra por ideias, pela consciencialização pública.

“Começaram a usar a informação em propaganda para alcançar prioridades nacionais e se pretendem criar confusão ou desestabilizar é isso que vão tentar fazer. E isso pode mudar a forma como os países funcionam”, disse.

Confessando um interesse especial por Portugal, por ser uma democracia “relativamente jovem”, Walter Dean afirmou que está a tentar perceber a relação entre cidadãos e instituições governamentais.

“Um dos principais desafios é como reagem a ‘fake news’. Por um lado, têm de proteger a liberdade de expressão e, por outro, têm de proteger a qualidade da informação que os eleitores usam para tomarem boas decisões sobre a governação”, declarou.

“A internet torna isso mais difícil, porque há ali tanta informação e tão disponível. Qualquer um pode agora publicar e editar, passando informação a outras pessoas. Pode isto ser regulado, deve ser regulado?”, questionou.

Para Dean, estas são questões “muito importantes”, não unicamente para Portugal. “Mas é reconfortante ver que há pessoas inteligentes em Portugal a tentar resolver isso”, disse.

O ponto de partida, preconizou, é reconhecer que as falsas notícias existem, que é importante discutir a questão e pensar numa resposta.

Lusa

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Lusa

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