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PS sugere à troika reajuste no programa de resgate a Portugal

Partido Socialista reuniu com a troika, num encontro em que defendeu um reajustamento do plano de ajuda externa a Portugal. O PS transmitiu também a sua posição relativamente à proposta de Orçamento de Estado, criticou a ausência de equidade nos pedidos de sacrifícios e alertou os representantes do FMI, BCE e Comissão Europeia das dificuldades das empresas portuguesas no acesso ao crédito.

Um Partido Socialista preocupado sentou-se à mesa com a troika, numa reunião que decorreu hoje, na sede nacional do Partido Socialista. Durante cerca de uma hora e meia, a delegação socialista, chefiada por António José Seguro, transmitiu a posição do partido relativamente a duas questões centrais: ajustamentos ao programa de ajuda e “falta de equidade” no Orçamento de Estado, proposto pela maioria governativa.

No final do encontro com os representantes do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, Eurico Dias, membro do Secretariado Nacional do PS, fez uma declaração aos jornalistas, expondo os pontos centrais desta reunião.

Poul Thomsen (FMI) Jürgen Kröger (Comissão Europeia) Rasmus Rüffer (BCE) ouviram de António José Seguro o compromisso firme do Partido Socialista em fazer valer os princípios do memorando de entendimento da troika, mas alertou para a necessidade de algumas alterações das condições de execução desse memorando.

“Existe a necessidade de se ajustar o programa, porque as condições de execução do mesmo estão a ser alteradas, de forma progressiva”, referiu Eurico Dias. Por outro lado, acrescentou, “o acesso de Portugal aos mercados financeiros está mais complicado”, além de que “as reformas estruturais não terão efeitos imediatos”, numa altura em que o país enfrenta uma luta contra o tempo.

Nesse sentido, o Governo terá, na perspetiva do PS, de proteger as empresas portuguesas nos mercados internacionais, “a curto prazo, no que diz respeito ao acesso ao crédito”, para evitar que o tecido empresarial português sucumba perante dificuldades acrescidas.

Em paralelo, o Partido Socialista informou a troika da sua posição sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2012. Apesar de não ter votado contra, o Partido Socialista considera que há “correções” essenciais a fazer no documento: uma distribuição mais justa dos sacrifícios (o PS defende o corte de apenas um dos subsídios) e a manutenção das taxas de IVA na restauração.

“A proposta do Governo apresenta desequilíbrios em termos de repartição de sacrifícios e o Partido Socialista manifestou à troika que defende que o Orçamento assente na equidade”, resumiu Eurico Dias.

“O Orçamento para 2012 revela desequilíbrios no que respeita à distribuição de sacrifícios. O PS expressou de forma clara que pretende que o orçamento reflita depois do debate na especialidade uma maior equidade na distribuição dos sacrifícios pedidos aos portugueses”, acrescentou Eurico Dias.

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