PS acusa Governo de ignorar o desemprego e mantém incógnita em relação ao OE 2013

O Partido Socialista acusou hoje o Governo de estar “de férias” e de nada fazer para conter o aumento consecutivo do desemprego. Quanto à votação do Orçamento de Estado para 2013, a incógnita mantém-se: haverá uma decisão do partido “quando esse documento existir.”

Numa conferência de imprensa realizada na sede do PS, o dirigente socialista Miguel Laranjeiro não poupou críticas à atuação do governo, na contenção da escalada de desemprego que se tem registado. Para Miguel Laranjeiro, “o desemprego recorde é a consequência de políticas erradas.”

Face aos números do INE – que apontam para um aumento de 25 por cento, em termos homólogos, dos inscritos nos centros de emprego – o porta-voz do PS enumerou cinco “erros crassos” do governo que, no entender do partido, contribuíram para este cenário: falta de políticas de promoção e manutenção do emprego; ausência de medidas conducentes ao crescimento económico; prosseguimento de uma política ideológica de austeridade, “custe o que custar”; diminuição da qualidade dos serviços públicos; “seguidismo” das políticas europeias levadas a cabo por Angela Merkel.

Questionado sobre o sentido de voto do Partido Socialista para o Orçamento de Estado de 2013, Miguel Moreira recusa “passar cheques em branco” e insiste em adiar a decisão para o momento em que o governo apresentar a proposta de orçamento.

“Teremos uma opinião sobre o Orçamento do Estado para 2013 quando esse orçamento existir, quando for apresentado. Os portugueses não compreenderiam que o Partido Socialista tivesse uma posição ou propostas alternativas relativamente a uma folha em branco. Uma folha em branco é o que existe neste momento relativamente ao Orçamento do Estado”, afirmou o socialista.

A proposta final do Orçamento de Estado para 2013 terá de ser entregue na Assembleia da República, até ao dia 15 de outubro.