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Protecionismo de Trump abala Wall Street e Dow Jones desce há seis sessões seguidas

Abalada pela exacerbação das disputas comerciais entre os EUA e a China, a bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com o seletivo Dow Jones a fechar em queda pela sexta sessão consecutiva.

O Dow Jones Industrial Average cedeu 1,15 por cento, para os 24.700,21 pontos,

O tecnológico Nasdaq perdeu 0,28 por cento, para as 7.725,58 unidades.

O alargado S&P500, que junta as 500 maiores capitalizações bolsistas de Wall Stret, desvalorizou 0,40 por cento, para os 2.762,57 pontos.

Apesar de os principais índices terem reduzido as perdas no final da sessão, fecharam em terreno negativo, afetados pela escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China.

“As ações que mais baixaram foram as das empresas que suscetíveis de sofrerem sanções comerciais”, como Boeing, que perdeu 3,84 por cento, Caterpillar (-3,62 por cento) ou Deere (-3,73 por cento), destacou Alan Skrainka, da Cornerstone Wealth Management.

“Estas grandes multinacionais têm verdadeiramente necessidade da China como suporte do seu crescimento”, realçou também Gregori Volokhine. “Não se deve esquecer que se o crescimento mundial diminuir por causa da retórica de Trump, as empresas norte-americanas também vão ser prejudicadas”, acrescentou este operador.

Até ao presente, numerosos atores do mercado consideravam que a imposição de 25 por cento de taxas alfandegárias adicionais sobre 50 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros) de bens chineses exportados para os EUA, decididas por Washington, seguida de represálias similares por parte de Pequim, só representava uma batalha comercial num contexto mais vasto de negociações do que propriamente uma verdadeira guerra aberta.

Mas Donald Trump anunciou na segunda-feira à noite a sua intenção de aplicar 10 por cento de taxas adicionais a outros 200 mil milhões de dólares de bens chineses destinados aos EUA, alimentando o temor de uma real escalada que pode travar o crescimento mundial.

“Se a inquietação é real, se a incerteza é real, não se está perante a última palavra sobre o assunto. As duas partes têm um forte interesse em cooperar e chegar a acordo”, considerou Skrainka.

No final de contas, “a descida dos índices nas últimas sessões é algo contínuo”, observou Volokhine. “O problema é que não se sabe verdadeiramente para onde (Trump) quer ir, tem-se a impressão que toda esta polémica é sobretudo destinada ao seu eleitorado”, quando se aproximam as eleições legislativas da metade do mandato, em novembro, acrescentou.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Bolsas

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