A associação de familiares das vítimas dos fogos em Pedrógão Grande critica o Governo e faz a comparação com as ações políticas tomadas na Galiza, região espanhola que também foi afetada por fogos florestais neste verão. “Prontamente é o que se faz na Galiza, em Portugal é estudos”, dizem.
Quando a tragédia se abateu em Portugal, rapidamente vários políticos visitaram as zonas afetadas pelos fogos florestais. Da esquerda à direita, do Presidente da República aos políticos locais.
Preencheram-se horas de direto, com reportagens mais ou menos polémicas, histórias de lágrimas, de sofrimento, outras de sorte (ou outra coisa qualquer, dizem os crentes).
A rapidez das promessas chegou a muitas das localidades ‘perdidas’ do Portugal, quando os focos mediáticos estavam apontados.
Porém, segundo acusação dos familiares das vítimas ainda “não se vê nada”.
“Prontamente é o que se faz na Galiza, isso sim é prontamente. Em Portugal é estudos, é anúncios, na realidade eu não vejo nada. E eu vivo aqui em Nodeirinho, no epicentro de tudo isto e nada vejo”, disse Dina Duarte, da associação, em declarações à Renascença.
E vai mais longe.
“O que está a ser feito, é feito pelos particulares”.
Na rádio católica, Dina Duarte lamentou esta situação que diz ser “triste”.
“É triste que nós tenhamos que contar em nada com as autoridades.”
O incêndio de Pedrógão Grande matou 64 pessoas e mais de 200 pessoas.
Este fogo afetou também Castelo Branco, Coimbra, Pampilhosa da Serra e Penela.
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