Várias entidades ibéricas estão a desenvolver no sul de Portugal e de Espanha uma tecnologia para caracterizar os tipos e a qualidade da biomassa de forma rápida e barata, para incentivar o seu uso como energia por empresas.
O projeto BioMassTep está a ser desenvolvido na área de atuação do INTERREG VA Espanha-Portugal (POCTEP) – programa que promove projetos de cooperação transfronteiriça com o apoio da União Europeia – com um orçamento total de 627.923,29 euros, distribuídos pelas entidades portuguesas (23,3 por cento) e espanholas (76,7 por cento).
O projeto abrange em Portugal as regiões do Alentejo e Algarve e, em Espanha, a região da Andaluzia.
De acordo com Filomena Pinto, coordenadora do BioMassTep no Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), pretende-se “desenvolver, transferir e implementar uma nova metodologia/ferramenta analítica avançada, rápida e confiável, que permita às empresas do setor de bioenergia classificar a biomassa local e utilizar a sua energia tendo em conta as suas propriedades físico-químicas e energéticas”.
“O projeto, com a transferência desta ferramenta, permitirá ao tecido empresarial criar oportunidades para o desenvolvimento da economia ibérica”, sublinhou, numa resposta escrita enviada à Lusa.
Esta fase do projeto termina no próximo 31 de dezembro, “mas a sua implementação deverá ocorrer numa fase posterior”.
Além de desenvolver “uma metodologia para caracterizar os diferentes tipos biomassa e prever de forma rápida e económica parâmetros de qualidade dessas biomassas”, o BioMassTep também pretende criar uma rede transfronteiriça entre centros de investigação, universidades, administrações públicas e empresas para incentivar o uso de biomassa de qualidade.
Por outro lado, visa “promover a transferência tecnológica da ferramenta desenvolvida para as empresas do setor, para que os resultados sejam explorados comercialmente”.
Na prática, o que está no fim do desenvolvimento é “uma base de dados com diversos parâmetros físico-químicos relativos a diferentes tipos de biomassa e de resíduos da área transfronteiriça da Andaluzia, Algarve e Alentejo, para alimentar os modelos matemáticos”, disse.
Estão também a ser identificados apoios públicos regionais e nacionais para a aquisição de tecnologia pelas empresas do setor, através da identificação de programas de financiamento nacionais e europeus para a capacitação das pequenas e médias empresas.
Os parceiros colaboram nas diversas atividades do projeto, mas o trabalho do LNEG está a incidir sobretudo na procura de financiamento para aquisição da tecnologia pelas empresas interessadas e na área da comunicação.
Em Portugal, além do LNEG, colaboram a Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo (AREANATejo), a Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve (AREAL) e a Universidade de Évora.
O projeto é coordenado pela Universidad de Córdoba (UCO) e tem como parceiros em Espanha a Agencia Andaluza de la Energía, a Asociación de Empresas de Energías Renovables (APPA), a Corporación Tecnológica de Andalucía e o Prodetur.
De acordo com Filomena Pinto, podem aproveitar este projeto “as empresas e outras entidades com atividade nas áreas de valorização de biomassa interessadas na determinação rápida e económica de parâmetros de qualidade de diferentes tipos de biomassa”.
“O projeto, ao promover a utilização de biomassa e a sua valorização, vai contribuir para a redução das emissões de dióxido de carbono e para um ambiente mais sustentável”, o que favorece também o cidadão comum, acrescentou.
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