Os professores ameaçaram hoje realizar uma greve ao trabalho em excesso, com início a 21 de outubro, caso as escolas os obriguem a trabalhar além das 35 horas semanais previstas por lei.
A ameaça de uma nova paralisação, em idênticos moldes à ocorrida durante o ano letivo transato, foi veiculada pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, que falou em nome de 10 organizações sindicais de docentes numa conferência de imprensa, em Lisboa.
Segundo Mário Nogueira, caso venham a confirmar-se “ilegalidades e abusos” nos horários de trabalho dos professores e o Ministério da Educação “deixa ficar e não resolve” o problema, as organizações sindicais, incluindo a Fenprof e a Federação Nacional de Educação (FNE), as maiores estruturas, entregarão a 07 de outubro um pré-aviso de greve ao trabalho em excesso, com início a 21 de outubro, coincidindo com o período de reuniões intercalares.
Para o dirigente da Fenprof, trata-se da “defesa do horário de trabalho” dos professores, que, por lei, são 35 horas semanais e não cerca de 50 horas semanais, o que sucede “muitas vezes” devido a reuniões e “trabalho burocrático” fora do horário, tirando “a capacidade dos professores de se concentrarem nos seus alunos”.
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